terça-feira, 14 de abril de 2020

Azambuja fala em lockdown após nova queda no isolamento



Mato Grosso do Sul registrou o pior índice de isolamento social do mês na segunda-feira (13), quando apenas 40,7% dos moradores ficaram em casa. É a segunda pior taxa de todo o País, atrás apenas do Tocantins.

Esse é o segundo pior índice da série histórica, que começou em 21 de março. Apesar das medidas tomadas pelo governo e as prefeituras, o cenário das próximas semanas vai depender do comportamento da população. As projeções com base nos dados de monitoramento do distanciamento social têm deixado autoridades em alerta. Medidas extremas, como o bloqueio total da movimentação – lockdown – não são descartadas.

“Se nós não tivermos a consciência das pessoas de ficar em casa, evitar sair de casa, nós vamos chegar a esse momento. É uma medida drástica, é radical, alguns países tomaram. Aqui no Brasil, alguns governos estão olhando essa possibilidade”, declarou o governador Reinaldo Azambuja. “A medida extrema vem se não tiver a consciência da sociedade. Podemos ir sim para uma medida extrema, para decretar isso. Nós todos temos que ser conscientes”, enfatizou.

No ranking dos municípios com maior movimentação de pessoas e pior índice de isolamento social nesta segunda-feira estão: Rio Verde de Mato Grosso (30,1%), Bodoquena (32,3%), Taquarussu (32,8%), Coronel Sapucaia (33,5%), Nioaque (34,5%), Tacuru (34,7%), Laguna Carapã (34,8%), Jardim (35,2%), Rio Brilhante (35,4%) e São Gabriel do Oeste (35,8%).

Campo Grande registrou nesta segunda-feira (13.4) isolamento social de 41%, o menor índice das últimas quatro semanas. A taxa média de distanciamento social para o mesmo dia, no comparativo com semanas anteriores foi de 42,1% no dia 6 de abril, 48,8% no dia 30 de março, e 54,6% no dia 23 de março.

MONITORAMENTO

Utilizado para tomada de decisões o sistema inteligente de monitoramento por geolocalização tem sido utilizado por Mato Grosso do Sul e outros estados brasileiros, como ferramenta estratégica de enfrentamento a pandemia do novo coronavírus. Os dados atualizados diariamente têm como referência cerca de 60 milhões de telefones celulares existentes no país, respeitando a privacidade do usuário. A tecnologia atende a todos os aspectos legais vigentes e se enquadra na Lei Geral de Proteção de Dados que entrará em vigor em agosto de 2020.

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