segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Cardiologistas orientam população sobre uso do marca-passo na capital

Correio do Estado

Cardiologistas de Mato Grosso do Sul realizam, na terça-feira (23), em Campo Grande, o Dia do Portador de Marca-passo. A ação acontecerá no Terminal Bandeirantes, pela manhã, e no shopping Pátio Central, no período da tarde.

A campanha é de utilidade pública que visa dar mais atenção e suporte para os milhares de brasileiros portadores de dispositivos cardíacos eletrônicos implantáveis que têm por finalidade regular os batimentos cardíacos e, também, para orientação de seus parentes. Essa ação acontece simultaneamente em 30 cidades brasileiras.

De acordo com o cirurgião-cardiovascular, Mauro Cosme Gomes Andrade, entre as principais dúvidas dos pacientes e parentes são possíveis interferências de celulares e outros aparelhos eletrônicos, micro-ondas, portas giratórias de bancos, ressonância magnética e se é permitida a prática de atividade física. “Vamos distribuir cartilhas e fazer explicações presenciais com o auxílio de painéis ilustrativos, para esclarecer a população sobre os principais dispositivos eletrônicos implantáveis cardíacos, suas indicações, cuidados pré e pós-operatórios, limitações para prática de esportes e possibilidades de interferências”, explica o médico, integrante do Departamento de Estimulação Cardíaca Artificial (DECA), representante no Estado.

Paralelo a isso, a campanha também tem o objetivo de alertar a opinião pública sobre a necessidade de melhorar o acesso dos pacientes que precisam desses dispositivos e ao profissional médico, principalmente no Sistema Único de Saúde, uma vez que atualmente muitas pessoas morrem na fila de espera por um implante.

Em Mato Grosso do Sul, de acordo com o DECA, de 2000 até 2012, foram feitas 2.399 cirurgias para instalação do marca-passo. A partir de 2003, a média estava sendo de 200 procedimentos cirúrgicos por ano no Estado, mas em 2012 esse número caiu para 61 cirurgias. “O marca-passo é feito pelo SUS e custa até R$ 60 mil; o dispositivo garante ao paciente com problemas cardíacos uma vida normal”, comentou o médico Mauro Cosme Gomes Andrade.

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