quarta-feira, 8 de março de 2017

Leite ajuda no crescimento infantil e no combate a doenças crônicas


Agrolink                                   Foto:Divulgação


Os benefícios do consumo do leite para a saúde humana em todas as faixas etárias foram apresentados pelo médico imunologista Gil Bardini Alves durante o Fórum Estadual do Leite, realizado nesta quarta-feira (8/3) na Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque (RS). Convidado especial do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) para o evento, ele tem realizado tratamentos de dessensibilização exitosos em Santa Catarina. Com o auditório central do Parque da Expodireto Cotrijal lotado, o especialista formado pela USP garantiu que o leite é rico em cálcio, potássio, fósforo e vitaminas A, B2, B3, B12 e D. “O leite tem anticorpos que ajudam na imunidade e são muito eficazes para a saúde não só das crianças, mas também de adultos e idosos”, afirmou. Segundo ele, os lipídios (gorduras) presentes no alimento auxiliam o sistema imunológico, ajudam a baixar os níveis de colesterol e a prevenir o câncer. Alves destacou ainda que as proteínas do leite de vaca (caseínas, lactoglobulina e lactoalbumina) atuam no crescimento das crianças, formação e manutenção dos órgãos e até na cicatrização.

Segundo o médico, o alimento é uma importante fonte de cálcio para a nutrição humana, que faz parte da formação dos ossos e dos dentes. “A osteoporose pode ser prevenida com o consumo regular de cálcio, cuja fonte mais barata é o leite”, ressalta. Já a proteína do soro de leite, acrescenta, está associada ao controle do diabetes, pois tem efeito que aumenta a produção de insulina pelo pâncreas. O imunologista aproveitou a oportunidade para esclarecer ao público sobre as diferenças entre a intolerância à lactose e a alergia à proteína do leite de vaca. “São doenças cuja única similaridade é que as duas são relacionadas à ingestão do leite”, disse.

A intolerância à lactose, mais comum em adultos, trata-se da dificuldade de digestão do alimento devido à diminuição ou ausência da lactase, enzima presente no organismo que auxilia na degradação da lactose. O tratamento é a restrição parcial ou total da lactose, mas não de leite. Já a alergia, “uma doença bem mais grave”, é uma reação do sistema de defesa do organismo às proteínas do leite. Mais comum em bebês a partir dos seis meses de vida, o tratamento é a exclusão total de leite e derivados.

Melhorias na propriedade leiteira

Também palestrou no Fórum do Leite 2017 o agrônomo Alexandre Doneda, coordenador técnico de difusão da Cotrijal. Em apresentação sobre a importância do solo na produção leiteira, ele abordou a relevância de medir a fertilidade por amostragem para que seja possível fazer a correção. Além da palhada obtida por meio do plantio direto, Doneda chamou a atenção para a necessidade da adubação orgânica. Segundo ele, o manejo dos dejetos gerados na propriedade pode ajudar a melhorar a fertilidade do solo. “Sempre é importante fazer a análise dos dejetos antes de utilizar na lavoura”, ressaltou. Para evitar a erosão e contribuir com a conservação do solo, o técnico recomenda evitar o uso de grade para implantação das forrageiras de inverno.

A produtora rural Tatiane Zimpel, de Santo Ângelo, relatou o histórico da produção de leite na propriedade familiar e os resultados obtidos por meio da assistência técnica. Wagner Beskow, sócio-diretor da Transpondo, falou sobre tecnologia, conhecimento, manejo, gestão e eficiência na produção de leite.

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