sexta-feira, 30 de setembro de 2022

44 toneladas de agrotóxicos irregulares são apreendidos

 


As apreensões resultaram na interdição do estabelecimento e em mais de R$ 5 milhões de prejuízo aos infratores
Por:  -Aline Merladete

Uma operação conjunta do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e da Gerência de Combate ao Crime Organizado da Polícia Civil do  Mato Grosso resultou na apreensão de mais de 22 mil produtos de uso veterinário irregulares e 44,5 toneladas de agrotóxicos adulterados em estabelecimento fabricante de insumos.



Conforme as informações que foram divulgadas pelo Mapa, as apreensões de combate à venda de insumos agropecuários ilegais resultaram na interdição do estabelecimento e em mais de R$ 5 milhões de prejuízo aos infratores, tendo sido lavrados um auto de infração, dois termos de apreensão, um termo de interdição e realizadas duas prisões em flagrante por crimes contra as relações de consumo e contra a saúde pública. A Operação Ronda Agro XXV do Programa de Vigilância em Defesa Agropecuária para Fronteiras Internacionais (Vigifronteira) foi precedida pela investigação de aviso de violação do Programa Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes (PNCRC Animal), após a detecção pelo  Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA) de altos níveis do inseticida Fipronil no fígado de um bovino abatido em frigorífico com Serviço de Inspeção Federal.


A investigação também contou com a realização de análises laboratoriais para a confirmação da presença do Fipronil em produtos de uso veterinário tanto pelo LFDA como pelo Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal (INC).


Já os agrotóxicos apreendidos foram encontrados em uma linha de produção insalubre onde estavam sendo adulterados com a mistura de um produto tóxico não autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e direcionados pela empresa infratora para o mercado agrícola.


Para ter registro no Mapa, os agrotóxicos precisam passar pela análise técnica dos órgãos responsáveis pela saúde, meio ambiente e agricultura. Sem a análise técnica dos três órgãos federais, os produtos representam risco à saúde pública e ao meio ambiente, além do risco ao fechamento de mercados internacionais se detectado o resíduo não autorizado nos alimentos.

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