segunda-feira, 30 de setembro de 2024

Marcelo Teixeira admite que futebol do Santos está abaixo do esperado

 

                                               Foto: Divulgação


Marcelo Teixeira, presidente do Santos, deixou claro neste domingo que gostaria de ver um desempenho superior do time na Série B do Brasileirão. Apesar de o Peixe estar brigando pela liderança da competição, o dirigente considera que o futebol da equipe em campo poderia ser melhor.


Teixeira sabe que a Série B exige mais luta e competitividade. Mas esse ponto não pode servir de desculpa, tanto que a torcida está insatisfeita com o trabalho do técnico Fábio Carille. "Estamos acostumados a ver o time apresentando um futebol melhor tecnicamente", disse o presidente, em entrevista ao canal De Olho no Peixe.


Apesar de não brilhar em campo, o Santos está próximo do acesso à Série A. Marcelo Teixeira considera que os pontos conquistados pelo Peixe fora de casa fazem a diferença. O desempenho em casa incomoda o dirigente.


De qualquer forma, o planejamento da diretoria santista para o ano que vem também já começou. Ao fim da Série B, a ideia é avaliar elenco e comissão técnica, independentemente do tempo de contrato.


Sobre reforços, Marcelo Teixeira prefere despistar, até mesmo em relação a Gabigol, que está em fase final de contrato com o Flamengo e seria um desejo santista para 2025. "É prematuro da nossa parte ficar ventilando nomes", avisou.


Gazeta Esportiva

Israel mata líder do Hamas no Líbano

 

                                             Gouliamaki/Reuters


Bombardeio ocorreu no sul do país; Tel Aviv alveja centro de Beirute


O grupo terrorista Hamas anunciou nesta segunda (30) que o seu líder no Líbano foi morto em um ataque israelense.


Fatah Sharif Abu al-Amine comandava as ações e a interação da organização palestina com o Hezbollah libanês.


Ele morreu em uma ataque aéreo contra o campo de refugiados palestinos El-Buss, perto de Tiro, no sul do país.


A ação, que não foi ainda comentada por Israel, mostra que Tel Aviv segue expandindo sua ação contra os rivais regionais.


Daqui a uma semana será lembrado o início da atual guerra no Oriente Médio, disparada pelo ataque do Hamas que deixou 1.200 mortos e fez 251 reféns em Israel.


De lá para cá, a violência se multiplicou. O governo de Binyamin Netanyahu não conseguiu destruir o Hamas e soltar os talvez 64 cativos ainda vivos, mas degradou o grupo a um nível de insurgência.


O custo, nas contas palestinas, foram 41,5 mil mortos —o Hamas não diz quantos eram combatentes, metade do contingente segundo Israel.


O Hezbollah entrou na luta de forma parcial, elencando o grau de atrito no norte do país. Há duas semanas, tudo mudou: Israel decretou que não toleraria mais a exclusão de 60 mil moradores da região.


Passou a atacar o Hezbollah com intensidade não vista desde a guerra entre os rivais em 2006. Do ataque com pagers e walkie-talkies, escalou para bombardeios.


Na sexta (27), matou o líder do grupo fundamentalista, Hassan Nasrallah. O duro golpe foi seguido por mais ataques, como o desta segunda.


Também nesta madrugada, aviões israelenses alvejaram o centro de Beirute, um ponto que não era atacado desde o conflito de 2006.


Segundo a Frente Popular de Libertação da Palestina, grupo famoso por seus sequestros de avião no passado, três de seus líderes no exílio morreram no ataque.


O acerto de contas regional de Netanyahu segue, elevando a expectativa acerca da reação do Irã, o verdadeiro poder por trás da miríade de grupos anti-Israel, muitos com agendas divergentes.


Nesta segunda-feira (30), o gabinete do primeiro-ministro divulgou um vídeo em que o líder diz se dirigir aos iranianos. "Não há nenhum lugar no Oriente Médio que Israel não consiga alcançar", afirmou ele, em inglês. "Não há nenhum lugar ao qual não iremos para proteger nossa população e nosso país."


A declaração é praticamente idêntica àquela feita pelo premiê durante seu discurso na Assembleia-Geral da ONU, na sexta-feira (27): "Não há lugar no Irã que o longo braço de Israel não possa alcançar", disse na ocasião. Mas a ameaça ganha novas dimensões com a intensificação dos bombardeios de Israel no Líbano e a iminência de uma invasão do país por terra.


Até aqui, como no episódio em que foi morto o líder do Hamas, Ismail Haniyeh, em Teerã, a teocracia adota retórica dura, mas na prática tem sido cautelosa.


Concorre para isso a agressividade de Israel e a dissuasão que os EUA, aliados de Tel Aviv, promovem com a presença militar reforçada no Oriente Médio.


Na véspera, Israel havia dado outro sinal ao atacar o porto iemenita de Hodeidah, controlado pelos rebeldes houthis, também apoiados pelo Irã.


Eles haviam lançado mísseis balísticos contra Tel Aviv, a 2.000 km de suas bases. Não houve estragos, mas Israel decidiu mandar um sinal acerca de suas capacidades de longa distância, promovendo a incursão aérea a 1.800 km de casa.


O primeiro-ministro interino libanês, Najib Mikati, disse que o Líbano realizará uma sessão para eleger o presidente assim que houver um cessar-fogo.

Bioparque Pantanal se torna laboratório vivo para estagiários da UFMS

 

                                            Fotos: Eduardo Coutinho


Os anos finais da universidade são momentos de grande dedicação e auto-descobrimento profissional para os acadêmicos, independentemente da sua área de formação. O Bioparque Pantanal, com o objetivo de proporcionar experiência prática e teórica no campo de trabalho, consolidou uma parceria com a UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) para o programa de estágio neste segundo semestre de 2024.


O empreendimento abriu as portas para 20 novos estagiários das áreas de biologia, comunicação e turismo. Os acadêmicos têm a oportunidade de vivenciar a prática da profissão no cotidiano, além de receber incentivo à pesquisa e iniciação científica dentro de sua área de conhecimento.


Para a coordenadora de estágios e também coordenadora do Nuptec (Núcleo de Pesquisa e Tecnologias do Bioparque Pantanal), Ana Carla Pinheiro, a importância da participação efetiva dos estagiários está em desenvolver melhor o desempenho de suas funções. “Conseguimos propor intervenções, trazendo novidades e instigando os acadêmicos a agregar valor tanto para os visitantes quanto para a parte interna da instituição”.


A pesquisadora ainda ressalta que o Bioparque é um grande laboratório vivo que oferece diversas áreas para explorar e pesquisar os mais variados aspectos da biodiversidade. “O Bioparque, hoje, é um grande laboratório vivo. Temos um campo vasto a explorar e muitas coisas a serem desenvolvidas. É uma grande oportunidade fazer estágio no maior aquário de água doce do mundo”.


A bióloga e pesquisadora do Nuptec, Andréia Corrêa, enfatiza o conhecimento científico e o incentivo à pesquisa acadêmica dentro do estágio. “Temos um formato diferenciado de estágio, onde incluímos esses acadêmicos no âmbito da pesquisa científica. Engajamos eles no mercado de trabalho com foco na ciência, passando todo o passo a passo de como fazer um projeto de pesquisa, a metodologia de um projeto de pesquisa, normas da ABNT, além das aulas práticas e teóricas nos laboratórios. Este ano, os estagiários têm a oportunidade de desenvolver um projeto com seu supervisor para ser apresentado ao final do período de estágio”.


Descobrindo talentos


Para Pedro Lucas, acadêmico do último semestre de Biologia da UFMS, o estágio tem sido uma experiência inovadora. “Estou no manejo, mas já passei pelo setor de nutrição, pelo CCPN (Centro de Conservação de Peixes Neotropicais) e já vi muita coisa nessas semanas. O pessoal da nutrição me ensinou como cada peixe responde à ração, à oxigenação da água e muitas outras coisas”.


O estagiário ressalta a importância do trabalho colaborativo entre acadêmicos, biólogos, zootecnistas e médicos veterinários. “Existem setores aqui no Bioparque que trabalham em conjunto. Estou conseguindo ver na prática como tudo funciona e como tudo se encaixa; um exemplo disso é o biólogo trabalhando com o médico veterinário e o zootecnista”.


O acadêmico demonstra interesse pela área de zoologia e afirma estar se sentindo em casa no maior aquário de água doce do mundo. “Eu gosto muito da área da zoologia, sempre gostei de peixes desde criança, tenho interesse nos mamíferos, conheci a lobinha Delinha e estou me sentindo em casa”.


A pesquisa é um dos principais pilares do Bioparque Pantanal. Para a diretora-geral, Maria Fernanda Balestieri, a formação de novos profissionais está aliada à experiência e habilidades acadêmicas. “O programa de estágio é mais do que uma simples experiência profissional para os estudantes. É uma oportunidade para vivenciarem na prática o que estão aprendendo nos anos finais do curso. Aqui no Bioparque, os estagiários nos ajudam a inovar e proporcionar a melhor experiência para todos. Agradecemos à UFMS por essa parceria que fortaleceu o vínculo da comunidade científica e da pesquisa acadêmica”.


Programa de Pesquisa em Biodiversidade


 Além do programa de estágio, o Bioparque também conta com o PPBio (Programa de Pesquisa em Biodiversidade), vinculado ao CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico). O programa abrange todo o território brasileiro e visa expandir o estudo sobre o patrimônio da biodiversidade, promovendo a valorização das interdependências dos seres vivos e o meio ambiente, além de popularizar a ciência.


No Bioparque Pantanal, o projeto conta com quatro bolsistas que atuam em áreas de formação. O programa abrange desde pesquisa de campo até divulgação científica, dividindo-se em quatro componentes: biodiversidade nas paisagens do Pantanal, serviços ecossistêmicos, valor cultural da biodiversidade, e comunicação e políticas públicas.


O ponto turístico desenvolve o programa de forma palpável, para que o componente quatro, que trata da comunicação e políticas públicas, possa cumprir sua missão de levar conhecimento à sociedade e promover a inserção de pessoas com deficiência no meio científico

Gabriel Isagawa e Caio Henrique Romero, Bioparque Pantanal (Matéria supervisionada)

Governo propõe fazer 1º leilão para contratar baterias para setor elétrico em junho de 2025

 

                                            Reuters

Contratos terão prazo de 10 anos e os equipamentos começarão a ser entregues em 1º de julho de 2029

O Ministério de Minas e Energia lançou nesta sexta-feira (27) a consulta pública para a realização de um leilão para contratar baterias para o sistema elétrico, prevendo o primeiro certame do tipo para junho de 2025.


Segundo portaria publicada no DOU (Diário Oficial da União), a licitação contratará sistemas de armazenamento para entregar potência elétrica, visando atender o sistema nos momentos em que a carga de energia está elevada e a geração, mais baixa


O leilão irá oferecer contratos com prazo de 10 anos e início de suprimento em 1º de julho de 2029, conforme a proposta do governo colocada em consulta pública.


Os empreendedores terão compromisso de entrega da disponibilidade de potência máxima igual a 4 horas diárias, conforme definição do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) durante a programação diária ou operação em tempo real, ficando garantido o tempo de recarga do empreendimento.


Pela disponibilidade da potência contratada, os empreendedores receberão uma receita fixa, a ser paga em 12 parcelas mensais, as quais poderão ser reduzidas conforme a apuração do desempenho operativo em meses anteriores.


Letícia FucuchimaFolha de São Paulo

Anatel derrubará cerca de 500 bets nos próximos dias e apostador deve retirar dinheiro já, diz Haddad

 

                                            Pedro Ladeira/Folhapress


Ministro afirmou que governo prepara bloqueio de formas de pagamento, restrição de publicidade e acompanhamento de CPF


O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou nesta segunda-feira (30) que cerca de 500 bets que não entraram com pedido de regulação do governo terão sites derrubados na próxima semana pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações).


"Do mesmo jeito que o X saiu do ar, essas empresas devem sair também, por falta de adequação a legislação aprovada pelo Congresso Nacional", disse, durante entrevista ao Jornal da CBN. "Se você tem dinheiro em casa de aposta, peça a restituição já".


Haddad também afirmou que o governo prepara o bloqueio a formas de pagamento como cartão de crédito e cartão do Bolsa Família nos sites de aposta. Além disso, a pasta deve fazer um acompanhamento de evolução dos prêmios por CPF de cada apostador.


"Quem aposta muito e ganha pouco está com dependência psicológica, quem aposta pouco e ganha muito está geralmente lavando dinheiro".


O uso do cartão de crédito para bets será proibido a partir de janeiro de 2025, e empresas do setor devem bloquear esse meio de pagamento já a partir de 1º de outubro. O setor de cartões também discute antecipar a proibição.


O ministro da Fazenda disse que deve se reunir na terça-feira (1) com entidades do setor para tratar do assunto da publicidade das bets, que estaria "fora do controle".


Quando questionado sobre a proposta discutida por especialistas de mostrar ao apostador quanto dinheiro já foi perdido, Haddad foi além, afirmando que, em certos casos, familiares também deveriam ter acesso a esse dado.


"Mesmo no caso de um adulto com posses, será que é só ele que precisa saber o quanto perdeu?", disse.


"Do mesmo jeito que eu poderia colocar meu telefone para receber esse dado, poderia cadastrar o telefone do cônjuge também. Tem gente que perde milhares de reais. Como você deixa a família sem o alerta devido?".


Integrantes do governo adotam postura mais dura contra as bets desde que o Banco Central afirmou que beneficiários do Bolsa Família que fazem apostas online gastaram R$ 3 bilhões em bets via Pix no mês de agosto. O montante destinado às empresas de apostas corresponde a 20% do valor total repassado pelo programa no mês.


O presidente do BC, Roberto Campos Neto, também disse que o tíquete médio de transferência para casas de apostas online subiu mais de 200% este ano e já surte efeito no nível de inadimplência.


Em Nova York, Lula demonstrou indignação a auxiliares ao se deparar com a notícia do impacto das bets nas contas da população mais pobre. O próprio Haddad havia afirmado na sexta-feira (27), em áudio divulgado a jornalistas, que o problema das bets era comparável à pandemia.


Integrantes do governo falam que é também preciso ter cuidado para não estigmatizar beneficiários do Bolsa Família durante discussões de medidas para reverter o cenário de explosão de apostas no país. O tema deve ser discutido com o presidente na próxima quarta-feira (2), quando retornar do México.



Na entrevista desta segunda, Haddad também afirmou ser um defensor do arcabouço fiscal e que o ministério da Fazenda está pedindo ao presidente Lula a garantia de que despesas do governo fiquem dentro das regras fiscais aprovadas pelo Congresso Nacional.


"É o caminho para reequilibrar as contas públicas e continuar crescendo com baixa inflação", disse.


Projeções do Tesouro sobre a dívida pública bruta são de "alguma coisa entre 80% e 83%" ao final do mandato de Lula em 2026, segundo Haddad. O ministro disse que o crescimento da dívida pública é preocupação "bastante incisiva" da pasta.


Laura Intrieri

Folha de São Paulo

Leonardo Pantaleão, diretor jurídico do Corinthians, renuncia por divergências com cúpula alvinegra

 

                                               Foto: Reprodução


Leonardo Pantaleão renunciou nesta segunda-feira ao cargo de diretor jurídico do Corinthians. Ele é o segundo profissional na gestão do presidente Augusto Melo a abrir mão da função.


A decisão de Pantaleão se deu por causa de divergências sistemáticas com a alta cúpula alvinegra e falta de transparência nas decisões e processos internos, conforme apurou a reportagem da Gazeta Esportiva.


Leonardo Pantaleão foi anunciado no dia 10 de junho para substituir Yun Ki Lee, que também renunciou ao cargo de diretor jurídico do Corinthians, porém, pouco mais de três meses depois, seguiu o mesmo caminho de seu antecessor.


Leonardo Pantaleão vinha tendo relações conflitantes com Fred Luz, que presta consultoria ao Corinthians, mas inicialmente seria CEO do clube, Pedro Silveira, diretor financeiro, e Vinícius Cascone, secretário geral.


Passada a sua renúncia ao cargo de diretor jurídico, Leonardo Pantaleão estuda a possibilidade de ir à comissão de justiça do Conselho Deliberativo.


Ainda assim, o profissional se dispôs a auxiliar em uma eventual transição de cargo. Pantaleão também deixou montada as defesas e recursos do clube para rebater a decisão da CBF sobre as mudanças de data referente à semifinal da Copa do Brasil.


Por Tiago Salazar

Governo e Sanesul investem R$ 11 milhões em saneamento no município de Pedro Gomes

 

                                            Foto: Divulgação



Governo do Estado e Sanesul (Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul) concluíram mais uma etapa importante de ampliação do sistema de esgotamento sanitário do município de Pedro Gomes.


O investimento, de R$ 11 milhões, foi financiado integralmente com recursos próprios da Sanesul, integrando o Programa Avançar Cidades, e traz melhorias na infraestrutura de saneamento que faz a coleta e o tratamento do esgoto doméstico.


O projeto incluiu nova ETE (Estação de Tratamento de Esgoto), para que atenda a demanda e volume de resíduos que são produzidos na cidade.


Além disso, também foram executados 18,6 quilômetros de rede coletora de esgoto e 943 ligações domiciliares, deixando os imóveis devidamente conectados à rede, garantindo que o os bairros não tenham esgoto a céu aberto e mau cheiro.


Para que o esgoto chegue ao destino, também foi construída uma elevatória final e demais estruturas complementares que compõem este sistema.


Os bairros beneficiados nessa etapa de investimento foram o Jardim Nova Esperança, Gaspar de Oliveira Campos, as mediações do Sol Nascente e grande parte do Centro.


A expansão do sistema de esgotamento sanitário em Pedro Gomes, assim como nas demais cidades onde a Sanesul opera, faz parte da estratégia do Governo do Estado para cumprir com as metas estabelecidas pelo Novo Marco Legal do Saneamento.


O Governo Estadual trabalha com o objetivo de assegurar que todos tenham acesso ao saneamento básico, que é tão importante para elevar a qualidade de vida nas cidades.


Segundo estudos, o saneamento não traz apenas os benefícios para a saúde pública, como garante um ambiente de desenvolvimento econômico em razão da valorização dos imóveis, atraindo investimentos, além de melhorar as condições ambientais urbanas.


O diretor-presidente da Sanesul, Renato Marcílio, destaca a importância desse recurso destinado ao saneamento de Pedro Gomes.


“Nosso objetivo é garantir que todos os sul-mato-grossenses tenham acesso ao serviço da coleta do esgoto. Esta é a conclusão de mais um projeto que está ligando diretamente a saúde e ao desenvolvimento dessa região”, afirma Marcílio. Ele também reafirmou o compromisso da empresa em cumprir os contratos e entregar as obras para a população que aguarda utilizar o serviço e usufruir dos benefícios.


Segundo o presidente, o compromisso da Sanesul busca superar as expectativas, visando promover um ambiente mais saudável e sustentável para todos os sul-mato-grossenses.


Cobertura da rede de esgoto nas cidades


Atualmente, a área de cobertura do esgotamento sanitário no Estado é de 63,36%, atendendo aproximadamente 1 milhão de pessoas. A projeção do governo para 2024 é aumentar a cobertura de esgoto para 70%, um passo significativo em direção à meta final de 98% dentro dos próximos sete anos.


O Avançar Cidades é um importante programa com investimentos que garantiram a implantação ou ampliação do sistema de esgotamento sanitário em 30 municípios atendidos pela Sanesul no Estado.


Farmácias passam oferecer eletrocardiograma de uso doméstico para consumidores

 

                                           Foto/Reprodução 

O primeiro eletrocardiograma de uso doméstico já está disponível nas farmácias brasileiras. Nomeado de Complete, o dispositivo foi desenvolvido pela multinacional japonesa Omron Healthcare e foi lançado em congressos de cardiologia nos EUA e no Brasil neste ano.


O aparelho pode ser encontrado nas drogarias Pague Menos, Sinete, Extrafarma, São Paulo e Pacheco, com um preço em torno de R$ 1.500.


O equipamento realiza o eletrocardiograma e afere a pressão arterial ao mesmo tempo. De fácil manuseio, pode ser usado por qualquer pessoa. O resultado, que não se trata de um laudo, é transmitido ao médico em cerca de 30 segundos. Para isso, é preciso baixar o aplicativo.


A inspiração para a criação do aparelho surgiu de uma diretriz da Sociedade Europeia de Cardiologia sobre Fibrilação Atrial que recomendou, em 2021, a realização de um eletrocardiograma diário em pacientes acima de 65 anos.


No Brasil, a fibrilação atrial afeta mais de 5 milhões de pessoas. Caracterizada pela frequência cardíaca irregular, a doença aumenta o risco de AVC (Acidente Vascular Cerebral) em pacientes não diagnosticados.

Quando sintomática, o principal alerta é a arritmia. De 14% a 22% dos casos de fibrilação atrial a causa é a hipertensão.



A condição não diagnosticada, por sua vez, é três vezes mais comum em pessoas com pressão alta.

Estudos indicam que os hipertensos com mais de 65 anos de idade têm três vezes mais chances de desenvolver fibrilação atrial em comparação com aqueles indivíduos com pressão arterial normal. Além disso, pacientes com a condição têm cinco vezes mais chances de ter um AVC.

Papa: na Igreja há lugar para todos, mas não para abusos. Casos sejam revelados e julgados

 



A Santa Missa no Estádio Rei Balduíno, em Bruxelas, marcou o encerramento da viagem Apóstolica de Francisco à Bélgica e Luxemburgo. Durante a homilia, o Papa pronunciou palavras fortes contra os abusadores, pedindo que os casos sejam revelados e não acobertados.

Thulio Fonseca – Vatican News


A Santa Missa presidida pelo Papa Francisco neste domingo, 29 de setembro, no Estádio Rei Balduíno, em Bruxelas, contou com a presença de milhares de fiéis, reunidos também para celebrar a beatificação da venerável serva de Deus, Ana de Jesus, religiosa carmelita descalça que desempenhou um papel fundamental na difusão da reforma teresiana.


Em sua homilia, o Papa refletiu sobre as palavras de Jesus: «Se alguém escandalizar um destes pequeninos que creem, melhor seria que fosse jogado no mar com uma pedra de moinho amarrada ao pescoço» (Mc 9, 42). O Pontífice advertiu que devemos nos atentar para não escandalizar ou obstruir o caminho dos “pequeninos”, lembrando a responsabilidade que todos temos em cultivar uma fé aberta, inclusiva e acolhedora.


Na Igreja há lugar para todos, mas não para o abuso!

A seguir, o Pontífice pronunciou as palavras mais fortes da homilia, citando os casos de abusos:


Pensemos no que acontece quando os pequeninos são escandalizados, atingidos, abusados por quem deveria cuidar deles; nas feridas de dor e de impotência antes de tudo nas vítimas, mas também em seus familiares e na comunidade. Com a mente e com o coração, lembro das histórias de alguns desses "pequeninos" que encontrei anteontem. Eu os ouvi, senti seu sofrimento de abusados e repito aqui: na Igreja há lugar para todos, todos, todos, mas todos seremos julgados e não há lugar para o abuso, não há lugar para acobertar o abuso. Peço a todos: não acobertar os abusos. Peço aos bispos: não acobertar os abusos. Condenar os abusadores e ajudá-los a se curar desta doença do abuso. O mal não deve ser escondido, mas revelado, que se saiba, como fizeram alguns abusados, e com coragem. Que se saiba. E que seja julgado o abusador, seja leiga, leigo, padre ou bispo: que seja julgado!


Humildade, gratidão e alegria

O Santo Padre enfatizou a necessidade de abertura, recordando os episódios bíblicos do Livro dos Números e do Evangelho de Marcos presentes na liturgia deste XXVI Domingo do Tempo Comum, onde a ação do Espírito Santo surpreende ao escolher para sua obra não apenas os que parecem eleitos, mas também aqueles à margem. “A Comunidade dos cristãos não é um círculo de privilegiados, é uma família de salvos”, afirmou Francisco, apontando que o Batismo é um chamado para todos, e que devemos viver nossa missão com humildade, gratidão e alegria, sem sermos obstáculo para os demais.


A falta de misericórdia é um “escândalo”

Em seguida, o Papa abordou a comunhão, inspirando-se na Carta de São Tiago, que nos exorta a evitar o egoísmo e a abraçar o caminho do amor e da partilha. Para o Pontífice, a falta de misericórdia, especialmente com os mais pobres e marginalizados, é um verdadeiro “escândalo” em nossa sociedade:


“Pensemos, por exemplo, na situação de tantos imigrantes sem documentos: são pessoas, irmãs e irmãos que, como todos, sonham com um futuro melhor para si e para os seus e, em vez disso, ficam muitas vezes sem ser escutados e acabam por ser vítimas de exploração”.


A força do testemunho autêntico 

Por fim, o Santo Padre destacou a importancia do testemunho na vida cristã trazendo à luz o exemplo da nova beata Ana de Jesus. A carmelita, que seguiu os passos de Santa Teresa de Ávila, deixou um legado de simplicidade, oração e caridade em uma época de grandes desafios:


“Numa época marcada por dolorosos escândalos, tanto dentro como fora da comunidade cristã, ela e as suas companheiras conseguiram trazer de novo tantas pessoas à fé a ponto de alguém descrever a sua fundação nesta cidade como um ‘íman espiritual’”.


Ao concluir, o Papa Francisco convidou os fiéis a seguirem o testemunho deixado por Ana de Jesus e a renovarem seu compromisso com o Evangelho da misericórdia, vivendo a fé com abertura, comunhão e testemunho.


“Acolhamos, pois, com gratidão o modelo, simultaneamente delicado e forte, de ‘santidade feminina’ que ela nos deixou, renovando o compromisso de caminharmos juntos seguindo as pegadas do Senhor", exortou o Pontífice.

Casos de câncer de vulva mais que triplicam no Brasil em uma década

 

                                           Sergio Ranalli/Folhapress

Doença avança entre as mulheres mais jovens; vacina contra HPV pode prevenir até 40% das ocorrências


Triplicou no Brasil em uma década o total registrado a cada ano de casos de câncer de vulva, aponta o Painel Oncologia do DataSUS. Saltou de 405, em 2013, para 1.436, em 2023, maior volume da série histórica do painel.


A doença também aumentou entre as mulheres mais jovens. Se em 2013 as mulheres de até 48 anos, idade média na qual começa a menopausa no Brasil, recebiam 13,6% dos diagnósticos, no ano passado elas representaram 22,4% dos casos.


O Ministério da Saúde alerta para uma subnotificação dos dados no painel. Glauco Baiocchi Neto, diretor do Departamento de Ginecologia Oncológica do A.C.Camargo Cancer Center, confirma o crescimento de diagnósticos em mulheres mais jovens nas últimas décadas e associa isso ao HPV (papilomavírus humano).


É o caso de Bárbara (nome alterado a pedido da entrevistada), de Arapongas (PR), que recebeu o diagnóstico da doença em fevereiro, aos 37 anos. A coceira e o aparecimento de verrugas e lesões na vulva a levaram a procurar ajuda médica.


A paranaense diz que esperava o diagnóstico de alguma IST (infecção sexualmente transmissível). Ela passou por quatro ginecologistas e demorou oito meses para ser diagnosticada com o carcinoma, do qual, até então, nunca tinha ouvido falar. "Meu mundo desabou, parece que é uma sentença de morte. Ainda mais por se tratar de um câncer raro, sentia os médicos perdidos", afirma.


Segundo Baiocchi, o HPV causa cerca de 40% dos casos da doença, enquanto os outros 60% são relacionados à atrofia da vulva, que tem entre suas causas a redução nos níveis de estrogênio, como no pós-menopausa, e doenças crônicas da vulva, principalmente, o líquen escleroso —doença inflamatória na pele da região genital e do ânus. De acordo com dados do DataSUS, a idade média das mulheres diagnosticadas com esse câncer, em 2023, foi de 62 anos.


O médico afirma que as pacientes, em geral, sentem vergonha e demoram a procurar o serviço de saúde. Entretanto, a doença raramente é metastática e, quando identificado um único tumor na vulva, em estágio inicial, a chance de cura é de 95%.


Bárbara conta que o tratamento inicialmente recomendado para ela foi a vulvectomia radical, cirurgia que remove toda a vulva. "Mutila a mulher, acaba a vida. Só fica mesmo o canal da urina e o canal da vagina. Nunca mais você consegue usar uma calça, andar de moto, andar de bicicleta. Porque a vulva é a proteção ali", diz.


A outra opção oferecida pelo oncologista foi a vulvectomia parcial, que retira somente as lesões, seguida por quimioterapia e radioterapia. A paciente optou por esse segundo caminho. Mesmo tendo sucesso no tratamento, ela relata que ainda está psicologicamente abalada. "O medo é constante. Qualquer coceira, qualquer ardência, qualquer dorzinha já apavora."


Luciana Holtz, psico-oncologista e presidente do Instituto Oncoguia, afirma que a cirurgia na vulva impacta a autoestima feminina devido à ligação direta com a sexualidade. "É ainda mais complexo por ser uma área repleta de tabus, vergonhas e até baixo conhecimento", comenta.



"A vacinação é a forma efetiva e segura de prevenir esse e outros tumores causados por HPV", completa Luisa Villa, pesquisadora da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) e do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp).


Villa alerta que o vírus não pode ser tratado. Os únicos caminhos são prevenir a contaminação ou tratar as doenças que ele causa, como os cânceres de vulva, colo do útero, pênis, canal anal e orofaríngeo.


A vacina está disponível no SUS (Sistema Único de Saúde) para meninas e meninos de 9 a 14 anos, para vítimas de violência sexual, para pessoas imunossuprimidas e pacientes oncológicos de 9 a 45 anos. Entretanto, a vacinação ainda não atingiu a meta do Ministério da Saúde para 2030 de cobertura vacinal, de 90% entre meninas de até 15 anos. Em 2019, a imunização foi feita em 87% desse público; em 2022, caiu para 75,8%.


A pesquisadora considera que a divulgação científica em diferentes meios e linguagens é o caminho para conscientizar a população sobre a importância do imunizante.



Esta reportagem foi produzida durante o 9º Programa de Treinamento em Jornalismo de Ciência e Saúde da Folha, que contou com o patrocínio do Laboratório Roche e do Hospital Israelita Albert Einstein.

Lorena Marcelino

Motorista foi executado com tiro na cabeça por motociclista em Campo Grande

 

                                            Foto; Jornal Midiamax Divulgação



Cleiton Anario, de 30 anos, foi assassinado com um tiro na cabeça, na manhã desta segunda-feira (30), na Avenida Guaicurus, em Campo Grande. Ele estava indo para o trabalho quando foi surpreendido pelo atirador, que estava em uma motocicleta, segundo uma testemunha.


A testemunha contou ao Jornal Midiamax que viu Cleiton parado no semáforo acendendo um cigarro quando um motociclista chegou e fez os disparos contra a vítima. O Corpo de Bombeiros foi acionado, mas Cleiton já estava morto.


A PM também foi acionada para a preservação do local. A perícia da Polícia Civil também foi até o local. Uma das faixas da avenida ficou interditada. 


Equipes do Batalhão de Choque foram acionadas e o autor é procurado. 

Boneca da Xuxa esgota vendas um dia após o relançamento

 

                                            Reprodução/Instagram/@brinquedosestrela)


"'Que show da Xuxa é esse?'. Nós respondemos: é o show de carinho e sucesso que a Xuxa apresenta há anos", disse a empresa que produziu a boneca

A boneca da apresentadora Xuxa Meneghel, que foi um fenômeno de vendas em 1990, foi relançada na última sexta-feira (27/9) e a edição esgotou em apenas 24 horas. A empresa Estrela, que produziu o brinquedo, celebrou o sucesso da boneca e agradeceu aos fãs da Xuxa. Ainda não foi informado se outro lote será disponibilizado.


"Nós da Brinquedos Estrela ficamos super felizes em proporcionar essa oportunidade única para todos os fãs da Xuxa terem sua boneca em casa. E agora fica a pergunta: 'Que show da Xuxa é esse?'. Nós respondemos: é o show de carinho e sucesso que a Xuxa apresenta há anos, sempre ao lado de seus fiéis e apaixonados", afirmou a Estrela.


Em vídeo no Instagram, Xuxa comentou sobre o relançamento da boneca. "Outra coisa que vocês sempre pediam muito: a volta da minha boneca! A Estrela ouviu o pedido de vocês e fez esse sonho se tornar realidade outra vez. Agora, para quem teve a oportunidade de ganhar uma quando era baixinha ou baixinho e hoje não tem mais, ou para quem não pôde ter naquela época, agora tem a possibilidade de 'me levar pra casa'", comemorou a apresentadora.


"É só pra quem realmente é aquele fã raiz, que queria ter (a minha) boneca lá naquela época que não podia comprar. Aí eu falei: será que vai da certo? Aí vocês ficaram com tanto medo quanto eu, lançaram lá 200, depois 300 e foi embora tudo", acrescentou Xuxa.

Candidatos intensificam campanha na reta final em Campo Grande

 

                                            Candidatos a prefeito de Campo Grande (Foto: G1MS)



Com a proximidade das eleições municipais, a disputa pela prefeitura de Campo Grande entra em sua fase decisiva. Os candidatos intensificam suas campanhas em busca do voto decisivo que pode garantir a vitória nas urnas. 


A capital sul-mato-grossense conta com uma acirrada corrida entre oito candidatos, incluindo figuras políticas de destaque como a atual prefeita Adriane Lopes (PP), Rose Modesto (União Brasil), Beto Pereira (PSDB) e Camila Jara (PT), Beto Figueró (Novo),entre outros.


Nos últimos dias, os postulantes ao cargo têm intensificado suas agendas de compromissos, buscando alcançar o maior número de eleitores possível. A presença em bairros da capital, participação em debates, entrevistas, carreatas e mobilizações populares nas ruas são algumas das estratégias adotadas.


Um dos destaques da campanha é a polarização que vem se acentuando entre Rose Modesto e Beto Pereira, que aparecem empatados tecnicamente nas pesquisas de intenção de voto. Rose Modesto, com o apoio do governo federal, e Beto Pereira, respaldado pelo ex-presidente Bolsonaro, têm travado uma disputa direta pelos votos do eleitorado mais conservador e ligado ao agronegócio. Ambos buscam fortalecer alianças e apoio político na reta final, com a promessa de que suas gestões trarão investimentos e melhorias para a cidade.


Propostas 


Adriane Lopes, que tenta a reeleição, tem centrado sua campanha em propostas voltadas para a continuidade de obras e investimentos que já estão em andamento. Ela tem destacado a promessa de modernizar o transporte público com a introdução de ônibus com ar-condicionado e a construção de um hospital municipal. Além disso, ela tem enfatizado suas ações de enfrentamento às despesas municipais e a eficiência na gestão.


Camila Jara, por sua vez, tem buscado diferenciar-se ao apresentar uma agenda focada em pautas sociais e ambientais. A candidata do PT defende a inclusão de políticas públicas voltadas para a sustentabilidade e o empoderamento das mulheres, bem como a revitalização de áreas públicas da cidade.


Nas últimas semanas, a mobilização de eleitores nas redes sociais e nas ruas tem sido intensa. As equipes de campanha estão se desdobrando em estratégias de comunicação digital para angariar o apoio de novos segmentos do eleitorado, especialmente entre os jovens e os indecisos, que podem ser decisivos para o resultado final.


Além disso, os candidatos buscam garantir sua visibilidade em eventos e encontros estratégicos, como aconteceu recentemente com a candidata Adriane Lopes, que recebeu o apoio de figuras políticas como a senadora Damares Alves e a ex-governadora do Paraná, Cida Borghetti, em um evento de grande impacto. Esse tipo de apoio é visto como uma forma de dar força à candidatura em um momento decisivo da corrida eleitoral.



Com um cenário eleitoral ainda indefinido, todos os candidatos seguem firmes em seus esforços para garantir os votos que os levarão à prefeitura de Campo Grande. 

A disputa promete ser acirrada até o último minuto, e as estratégias finais podem ser decisivas para conquistar o eleitorado indeciso.

Agora, resta saber quem conseguirá mobilizar os eleitores e garantir a confiança necessária para comandar a capital sul-mato-grossense pelos próximos quatro anos. As expectativas são altas, e os eleitores aguardam o desfecho dessa batalha política que está prestes a se concretizar nas urnas.

Preços da soja disparam com demanda em alta e resistência de produtores, ponta Cepea

 

                                            Foto: Pixabay


Os preços da soja registraram alta no mercado doméstico

Os preços da soja registraram alta no mercado doméstico nos últimos dias, impulsionados por uma combinação de fatores. Segundo informações divulgadas pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), além do aquecimento da demanda, especialmente por parte das indústrias esmagadoras, a resistência de produtores em negociar grandes volumes também foi determinante para o avanço das cotações. Tanto o remanescente da safra 2023/24 quanto os contratos a termo da temporada 2024/25 têm sido negociados com cautela.



Na última quinta-feira, 26 de setembro, o Indicador CEPEA/ESALQ – Paraná encerrou a R$ 138,81 por saca de 60 kg, o maior patamar nominal registrado desde 22 de dezembro de 2023. Ainda conforme o Cepea, os produtores seguem atentos às chuvas irregulares no Brasil, que geram incertezas sobre o desenvolvimento da nova safra, reforçando a tendência de alta no mercado.



Essa valorização reflete a forte demanda e a precaução dos agentes do setor, que monitoram as condições climáticas e de mercado antes de realizarem novos negócios.



Hospital subterrâneo e cidades-fantasma antecipam guerra no norte de Israel

 

                                            Igor Gielow/Folhapress


Perto da fronteira com o Líbano, população vive sob permanente estado de conflito contra Hezbollah


Faltando poucos dias para o primeiro aniversário do mais mortífero ataque de sua história, Israel encara o abismo de uma guerra regional ao confrontar de forma inaudita em 18 anos um de seus mais temidos inimigos, o grupo fundamentalista libanês Hezbollah.


Em duas semanas, desestabilizou o rival e, na sexta (27), fez algo que tentava havia 32 anos: matou o líder do grupo, Hassan Nasrallah, jogando ainda mais sombras no futuro do Oriente Médio.


País forjado por guerras desde o parto, em 1948, Israel decidiu elevar a aposta e aceitar o risco do prolongamento de um conflito que já matou mais de 1.200 de seus cidadãos e soldados, 41 mil palestinos e 1.600 libaneses.

Do outro lado, o arquirrival Irã, nomeado como tal pelo premiê Binyamin Netanyahu. A inapetência por uma escalada sem controle, que moderou os momentos agudos de crise até aqui, está sob forte estresse, principalmente com a morte de Nasrallah.


Com a decisão de Israel de não deixar em banho-maria a situação de atrito com o Hezbollah, iniciada em 18 de setembro com pagers explosivos e chegando ao ataque de sexta, a tensão acerca do futuro do Oriente Médio chegou ao paroxismo.


Na última semana, a Folha percorreu o norte do Estado judeu, a fronteira de um conflito que muitos analistas já veem como uma guerra aberta, faltando apenas o elemento do combate terrestre.


Ao longo da fronteira com o Líbano, país cujo governo vive sob a sombra do poderio militar do Hezbollah, a realidade da guerra diária ganhou contornos de rotina no último ano.


"Estamos prontos para tudo. Não existe nenhum outro hospital no mundo capacitado a operar no subterrâneo de uma zona de guerra como o nosso", disse o vice-diretor do Centro Médico da Galileia, Tsvi Schelag, um oftamologista de fala firme, que trai sua posição de chefe do hospital de campanha de Israel no quadrante ocidental da região.


Ele levou a reportagem por um tour no complexo, que fica em Nahariya, a 10 km da fronteira libanesa —o suficiente para uma de suas fachadas ter sido atingida por um míssil russo Katiúcha durante a guerra de 2006 com o Hezbollah. Fragmentos da arma estão expostos num saguão do hospital.


Por fora, o centro parece um bom hospital de médio porte, com 780 leitos. Uma olhada nos seus quatro andares mostra a realidade: estão vazios, com apenas a triagem e o pronto-atendimento cirúrgico, que durante a visita atendia três feridos por foguetes do Hezbollah, funcionando no térreo.


As salas em que isso ocorre são um grande bunker, reforçadas. No quarto andar, os leitos vazios são banhados pela luz de um sol que permite entrever, pela janela, as montanhas da fronteira libanesa. E a ameaça que vem de lá.


Ela levou, antes da guerra de 2006, para o início da transformação do hospital em um bunker. "Somos a segunda maior instalação médica da região, e a mais próxima da fronteiras. Tudo foi trazido aos poucos aqui para baixo", diz Schelag, já guiando a visita embaixo da terra.


Nessa configuração, que está em uso desde o dia seguinte ao 7 de outubro de 2023, quando o Hamas matou 1.170 pessoas e sequestrou 251. "Funcionamos com 450 leitos, e temos de deixar uma capacidade ociosa para emergências", conta o médico.


No andar inferior, há portas à prova de explosão e sistema de purificação de ar em caso de ataque químico ou biológico, como num bunker militar. "Sabemos que a próxima guerra será pior", diz Sharon Mann, que faz as relações internacionais do hospital.


Nos corredores, mantimentos já são guardados, à espera da eventual invasão terrestre do Líbano, ameaçada por Israel. Enquanto isso, pacientes da região e também refugiados de outros pontos do norte são atendidos.


Essas 60 mil pessoas deslocadas de suas casas são a justificativa oficial de Netanyahu para a escalada —para seus críticos, apenas uma desculpa para manter sua coalizão de partidos radicais coesa, tirando foco do fato de que o Hamas ainda luta em Gaza e que há talvez 64 reféns vivos.


Essas pessoas moravam em 43 comunidades ao longo da fronteira, deixando para trás suas casas e trabalho. "Minha vida acabou em duas horas", relata Inbal Levy, 62, que agora está em um hotel pago pelo governo na praia de Nachsholim, 60 km ao sul do hospital. Ela morava no kibutz de Bar'am, junto à fronteira libanesa no centro da Alta Galileia.


Cerca de 40 km a nordeste de lá, em She'ar Yashuv, 10% dos 700 moradores decidiram ficar. O lugar é um moshav, comunidade judia que se diferencia dos kibutzim pela liberdade econômica maior. Mas a ideia comunal é semelhante.


"Eu não iria para lugar algum. Vou defender minha casa", diz Gidi Harari, 67, um militar aposentado que vive com a mulher no local. Ele é o chefe do equivalente à defesa civil do local, dividindo funções com a guarnição de soldados —e o reforço inusitado de manequins colocados em guaritas de concreto no portão principal do moshav.


O surrealismo daquele pedaço de Israel incrustado no sul libanês, que é grande ao circular pelas ruelas de She'ar Yashuv, aumenta quando se dirige por 10 minutos a oeste, rumo a Kiryat Shmona. A cidade era a maior da região, com 22 mil habitantes.


Hoje, é uma vila fantasma. Ruas vazias cruzadas por um outro carro, e até um soldado em patinete elétrico, são mantidas limpas por lixeiros eventuais. Tudo está fechado, com a exceção de um par de mercados que atendem aos 2% de moradores remanescentes.


O motivo é simples: no paredão montanhoso 2 km a leste, está o Hezbollah, assim como nos morros 5 km a norte.


A cidade, como a vizinha e semidestruída Metula, serve de galeria de tiro para foguetes de artilharia que, como a reportagem descobriu da pior maneira quando visitava a região na quarta, chegam antes de o sistema de alerta via celular ter tempo de avisar.


Harari não é otimista. "As forças de Israel estão cansadas. Elas têm que ganhar o público de novo", diz, acerca de uma eventual guerra terrestre.


Se ela vier, a avaliação do ex-militar não parece fora de foco: pesquisa divulgada pelo Instituto para Estudos de Segurança Nacional divulgada nesta semana vê uma confiança de 65% dos israelenses em vitória, não exatamente um triunfo parar o contestado Netanyahu.


Igor Gielow

Folha de São Paulo

Morre Kris Kristofferson, cantor e ator do filme 'Nasce uma Estrela'

 


                                             Foto: AFP




Kris Tofferson, um dos cantores e compositores norte-americanos mais influentes do country com obras como "Me and Bobby McGee", morreu no útimo sábado, dia 28 de setembro, aos 88 anos, de acordo com um comunicado da família.



O artista sofria de perda de memória desde os 70 anos. Um porta-voz da família disse em uma declaração que Kris Tofferson morreu pacificamente em sua casa em Maui, no Havaí, cercado pela família.


A causa da morte não foi divulgada. Kris foi um homem renascentista - um atleta com sensibilidade de poeta, um ex-oficial do Exército e piloto de helicóptero, um bolsista Rhodes que aceitou um emprego como zelador no que acabou sendo uma brilhante mudança de carreira.



Tofferson se estabeleceu no mundo da música como compositor na capital da música country, escrevendo sucessos como o vencedor do Grammy "Help Me Make It Through the Night", "For the Good Times" e o melancólico hit número 1 da ex-namorada Janis Joplin, "Me and Bobby McGee".


No início da década de 1970, ele se tornou conhecido como um artista estrondoso e pouco refinado, além de um ator requisitado, principalmente ao lado de Barbra Streisand em "Nasce uma Estrela", um dos filmes mais populares de 1976.


O artista nasceu em Brownsville, Texas, em 22 de junho de 1936, e se mudou com frequência porque o pai era general da Força Aérea. Depois de se formar no Pomona College, na Califórnia, onde jogou futebol americano e rúgbi, Kris tofferson frequentou a Universidade de Oxford com uma bolsa Rhodes e então cumpriu a tradição da família ao se juntar ao Exército.



Ele passou pela elite Ranger School do Exército, aprendeu a pilotar helicópteros e chegou ao posto de capitão. Em 1965, Kris Tofferson recebeu uma oferta para lecionar inglês — ele ficou encantado com as obras do poeta William Blake — na Academia Militar dos EUA em West Point, Nova York, mas ele recusou para ir para Nashville.


Kris tofferson se tornou zelador no estúdio da Columbia Records, porque isso lhe daria uma chance de oferecer suas músicas para as grandes estrelas que gravavam lá. Ele também trabalhou como piloto de helicóptero transportando trabalhadores entre campos de petróleo e plataformas de perfuração.


Durante esse tempo, Kris Tofferson escreveu algumas de suas canções mais memoráveis, incluindo "Help Me Make It Through the Night", que ele disse ter escrito no topo de uma plataforma de petróleo.


"NÃO HÁ NADA A PERDER"


As melhores músicas de Kris tofferson eram cheias de buscadores, perdulários e almas quebradas tentando encontrar amor, redenção ou alívio da ressaca que a vida lhes dera. O narrador de coração partido de "Bobby McGee", uma música que Kris tofferson disse ter sido inspirada no filme "La Strada", de Federico Fellini, resumiu com o verso "A liberdade é apenas outra palavra para nada a perder".



" Kris trouxe (a música country) da idade das trevas até os dias atuais, tornou-a aceitável e trouxe ótimas letras - quero dizer, as melhores letras possíveis", disse Willie Nelson, um dos primeiros modelos de Kris Tofferson, ao "60 Minutes" da CBS em uma entrevista de 1999. "Simples, mas profundo."

Kris Tofferson gravou quatro álbuns com Rita Coolidge, a segunda de suas três esposas, na década de 1970 e se juntou a Nelson, Cash e Waylon Jennings no supergrupo de música country Highwaymen nas décadas de 1980 e 1990.


A aparência robusta e atraente de Kris Tofferson o levou a papéis em filmes como "Cisco Pike", "Pat Garrett & Billy the Kid", "O Marinheiro que Perdeu a Graça do Mar", "Comboio", "A Porta do Paraíso", "Estrela Solitária" e "Blade".


Kris tofferson começou a sofrer perda de memória debilitante em meados dos seus 70 anos e suas performances sofreram por isso. Os médicos disseram a ele que parecia ser o início da doença de Alzheimer ou demência, possivelmente causada por golpes na cabeça enquanto lutava boxe e jogava futebol e rúgbi em sua juventude.


Mas em 2016, sua esposa, Lisa, disse à revista Rolling Stone que Kris Tofferson havia sido diagnosticado com doença de Lyme, que pode causar problemas de memória, e que após o tratamento e a interrupção da medicação para Alzheimer, sua memória começou a retornar parcialmente.



Kris tofferson continuou ativo com uma turnê em 2016, que incluiu apresentações na Europa. Naquele ano, ele também comemorou seu 80º aniversário lançando "The Cedar Creek Sessions", um álbum com versões ao vivo de suas músicas mais conhecidas.


Kris tofferson e sua terceira esposa, Lisa, com quem se casou em 1983, viviam em uma ilha havaiana de Maui por mais de 30 anos. Ele teve oito filhos


Por Carlos Ferraz

Flamengo demite técnico Tite após vitória contra Athletico

 

Treinador não resistiu a queda de desempenho da equipe nos últimos jogos; Filipe Luís será o interino

O Flamengo anunciou, nesta segunda-feira, a demissão do técnico Tite, após a vitória sobre o Athletico, pela 28ª rodada do Campeonato Brasileiro. O ex-jogador Filipe Luís, que é treinador do time sub-20, comandará a equipe interinamente até a chegada de um novo comandante.


"O Clube de Regatas do Flamengo informa que o tecnico Tite e sua comissão técnica não comandam mais o elenco rubro-negro. A direção agradece aos profissionais e deseja sorte na continuidade de suas carreiras. Filipe Luís assume a equipe interinamente."


Conforme apurou o Blog do Diogo, depois da queda na Libertadores para o Peñarol, na semana passada, a diretoria do Flamengo começou a debater internamente se havia clima para a permanência do treinador em função, também, da queda de produção da equipe nas últimas partidas.


A decisão foi tomada dias antes do primeiro jogo da semifinal da Copa do Brasil contra o Corinthians, que acontece nesta quarta-feira, às 21h45 (de Brasília), no Maracanã. O treinador deixa o Flamengo na quarta colocação do Campeonato Brasileiro, com 48 pontos — nove a menos que líder Botafogo — e na semifinal da Copa do Brasil.


O Globo

Presidente da ALEMS recebe comenda do Mérito Judiciário do Tribunal de Justiça

 


                                           Foto: Carlos Godoy 


O deputado Gerson Claro (PP), presidente da Assembleia Legislativa, teve sua atuação parlamentar em favor do fortalecimento e valorização do Poder Judiciário, reconhecido com o recebimento da Comenda do Mérito Judiciário no grau de Grã-Cruz. O evento de entrega da comenda para Gerson e outros16 homenageados foi realizado no início da noite de sexta-feira em ato solene no plenário do Tribunal de Justiça.


"Esta  homenagem compartilho com todos os colegas deputados. É uma demonstração de que estamos cumprindo o papel que a nós foi conferido pelo povo. Como presidente da Mesa Diretora, temos pautado nosso trabalho no fortalecimento do papel institucional do parlamento, que é o de auscultar as demandas das sociedades e trabalhar para construção de soluções consensuais. Tudo isto, sem perder a  perspectiva  do respeito à autonomia e as prerrogativas dos poderes, com foco numa ação harmônica na busca da construção do bem comum, da entrega de resultados em favor da sociedade", avaliou Gerson. 


O presidente da Assembleia lembra que a relação "harmônica e cordial com o Judiciário" nos últimos dois anos rendeu "frutos em favor da sociedade", como a revisão das taxas e emolumentos cartorários, uma "questão que se arrastava há uma década". "A partir de um amplo debate com todos os setores interessados, conseguimos encontrarmos um caminho consistente para atender ao clamor dos atores sociais pela redução das taxas, sem comprometer a saúde financeira dos cartórios e do próprio Judiciário, com a preservação da sua capacidade de investimento, que é uma ferramenta fundamental para garantir acesso à Justiça à toda sociedade".


Instituída pela Resolução 246, de 5 de maio de 2021, a Ordem do Mérito Judiciário de MS homenageia pessoas e entidades nacionais ou estrangeiras, que, pelos serviços ou méritos tenham se tornado dignas do reconhecimento da Justiça Sul-mato-grossense. "Hoje, celebramos não apenas a trajetória de profissionais que se destacam em sua atuação, mas também reafirmamos o compromisso com a justiça e a cidadania que norteia o nosso trabalho", destacou, no evento, o presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Sérgio Martins Sobrinho. "Cada um dos homenageados aqui presentes exemplifica valores que nos inspiram e nos impulsionam a seguir em frente, mesmo diante dos desafios que encontramos em nosso caminho", completou.


A comenda 


A Ordem do Mérito é composta pelo grau Grande Colar, privativo do presidente do Tribunal de Justiça, e dos graus outorgados Grã-Cruz, Grande Oficial, Comendador, Oficial e Cavaleiro. Todas as nomeações são feitas por ato do Presidente do Tribunal de Justiça, na qualidade de Grão-Mestre, mediante propostas aprovadas pelo Conselho da Ordem.


Dentre os 17 homenageados, foram agraciados com o grau de Grã-Cruz o advogado e atual vice-governador de MS, José Carlos Barbosa; o presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Gerson Claro; o general de Exército Luiz Fernando Baganha; o conselheiro presidente do Tribunal de Contas do MS, Jerson Domingos; o vice-almirante Iunis Távora Said; o brigadeiro do Ar comandante da base aérea de Campo Grande, Eric Breviglieri; o presidente do Tribunal de Justiça Militar de São Paulo, Ênio Luiz Rosseto; e o juiz aposentado do TJMS Aleixo Paraguassú Netto.


Com o grau de Grande Oficial foram condecorados o deputado estadual Londres Machado; o advogado Raul Sabóia e o subprocurador-geral de Justiça Militar da União Antônio Pereira Duarte. Já com o grau de Comendador foram homenageados o desembargador do TJSP Carlos Vieira Von Adamek e a presidente da Associação de Defensores Públicos do MS, Nancy Gomes de Carvalho. O advogado Rafael Campos Soares da Fonseca, o superintendente da Receita Federal em MS, Zumilson Custódio da Silva, e o assessor jurídico-legislativo da Câmara dos Deputados Carlos Eduardo Frazão do Amaral receberam o grau de Oficial. O diretor-presidente da Agepen em MS recebeu a insígnia da bandeira das mãos do desembargador Carlos Eduardo Contar, chanceler da Ordem do Mérito Judiciário do Estado do Mato Grosso do Sul.

Hostilizado, Tite evita dar resposta aos torcedores do Flamengo

 

                                             Foto; Reprodução



O Flamengo venceu o Athletico-PR pelo Brasileirão, mas o clima no clube segue pesado. Considerado um dos responsáveis pela eliminação rubro-negra na Libertadores, o técnico Tite foi xingado pela torcida neste domingo, no Maracanã, mas evitou polemizar.


"Não tenho nenhuma resposta a dar, apenas o trabalho. Respeito as opiniões. Opinião não se contrapõe", disse o treinador. "Eu tento fazer o melhor, talvez não seja o técnico dos sonhos", acrescentou o treinador, em resposta à colocação negativa de um torcedor lida por um repórter durante a entrevista coletiva.


Apesar dos altos e baixos da temporada 2024, Tite assegura que segue com respaldo da diretoria flamenguista. Agora, o foco do time está, sobretudo, nas semifinais da Copa do Brasil, nos dois duelos contra o Corinthians. É a principal chance de um título nacional no ano.


"Recebo respaldo constante, em todos os momentos", destacou o treinador, que dirigiu a Seleção Brasileira nas Copas do Mundo de 2018 e 2022. "A principal competição para nós era a Libertadores, mas passou e agora precisamos olhar para frente", acrescentou.


Gazeta Esportiva

 

China também viveu pesadelo com bets, até intervir em 2015

 

                                            Folhapress


Em dez anos, a partir de 2005, receita com apostas havia saltado de R$ 78 milhões para R$ 66 bilhões, levando ao veto


Como no Brasil, houve uma explosão de apostas online na China a partir de 2005, envolvendo grandes empresas. A receita com as vendas saltou de 100 milhões de yuans (R$ 78 milhões) naquele ano para 85 bilhões de yuans (R$ 66 bilhões) em 2014, dez anos depois.


Em 1º de março de 2015, as bets foram vetadas de forma abrangente no país. Sobrevivem alguns esquemas obscuros, mas as apostas hoje se concentram nos postos lotéricos legais, em pequenas lojas ou quiosques espalhados pelas grandes cidades e, por vezes, com filas. O custo começa em 2 yuans (R$ 1,55).


Segundo relatos, houve também casos de fraude há cerca de dez anos, em que aplicativos não registravam adequadamente as apostas. Pagavam os apostadores que acertavam, mas ocultavam o dinheiro dos que perdiam, sem repassar ao "pool" de loterias. A descoberta teria precipitado a intervenção.


O avanço exponencial da receita com as bets já vinha chamando a atenção, batendo em 42 bilhões de yuans (R$ 33 bilhões) em 2013, e terminou abruptamente com a execução estrita da proibição, levando os próprios aplicativos e sites a emitir comunicados da paralisação das vendas.


Hoje, nas bets ilegais sobreviventes, para os poucos apostadores que ganham, a dificuldade estaria em conseguir sacar o dinheiro. Parte dos esquemas digitais se transferiu para o exterior, para regiões como o Sudeste Asiático, que sedia golpes online não só contra chineses, mas outros asiáticos e até brasileiros.


Uma série de operações policiais nos últimos meses, com participação de governos de países como Laos, Mianmar e Tailândia, além da própria China e da Índia, teria desmantelado alguns dos esquemas regionais --com deportação de chineses e outros para os seus países de origem.


Na China, pelo artigo 303 da lei penal, o crime de aposta é aquele que "reúne pessoas para jogar ou se envolver em jogos de azar com fins lucrativos". É punido com prisão por prazo fixo de não mais de três anos e também multa.


O crime de abrir cassino, no segundo parágrafo do artigo, também determina pena de prisão de não mais de três anos e multa. Para os casos com "circunstâncias graves", a pena vai de três a no máximo dez anos, além de multa.


Abrir cassino, segundo o texto, se refere "a qualquer uma das seguintes circunstâncias, ao usar internet, aparelhos móveis etc. para transmitir vídeos e dados de apostas e organizar atividades: criação de sites e aceitação de apostas; estabelecimento de sites e seu fornecimento a outros, para organizar apostas; atuação como agente para sites de apostas e aceitação delas; participação nos lucros dos sites".


No Brasil, as bets são liberadas desde 2018, após lei aprovada no governo Michel Temer (MDB). O governo de Jair Bolsonaro (PL) deveria ter regulamentado o mercado, mas não o fez nos quatro anos de mandato --nesse período, as bets tiveram crescimento enorme, sem regras e fiscalização.


Nelson de Sá

Folha de São Paulo

Entenda técnica que faz mosquito levar larvicida a seus criadouros

 



Pesquisadores brasileiros desenvolvem estratégia para combater insetos transmissores de arboviroses. O trabalho comprovou que o uso dos mosquitos para “autodisseminar” larvicidas em seus próprios criadouros pode ajudar no controle das doenças transmitidas, sobretudo aquelas levadas pelo Aedes aegypti, como a dengue.



Chamada de Estação Disseminadora de Larvicida (EDL), a técnica atrai os insetos para um pote plástico com água, recoberto com tecido preto umedecido e impregnado com um larvicida em pó muito fino. Ao pousar, o larvicida adere ao mosquito que o leva para o criadouro, permitindo que a substância alcance suas larvas e impeça a proliferação.


Elaborado por pesquisadores do Instituto Leônidas e Maria Deane (Fiocruz Amazônia) e do Instituto René Rachou (Fiocruz Minas), em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte, o projeto distribuiu cerca de 2.500 “Estações Disseminadoras de Larvicida” (EDLs) em nove bairros de Belo Horizonte ao longo de dois anos. De acordo com a investigação, houve redução da incidência de dengue em 29% nesses bairros e em 21% nos bairros vizinhos.



Publicado na revista The Lancet Infectious Diseases, a pesquisa começou em um bairro de Manaus, capital do Amazonas. Devido aos bons resultados, o estudo foi levado para novos locais, com populações maiores.


“Começamos há alguns anos testando a hipótese que existia na literatura científica de que os mosquitos poderiam carregar larvicidas de um lado para o outro”, introduz o pesquisador da Fiocruz Amazônia e um dos autores do estudo, Sérgio Luz, “como as fêmeas colocam ovos em vários lugares, elas pousam na superfície, ficam impregnados com o larvicida e depois o ‘distribuem’ em outros locais”. No inseto, o larvicida atua como um hormônio do crescimento na etapa entre a fase larval e de pupa, fazendo com que a larva continue crescendo, mas sem avançar para o próximo estágio, ou impedindo que o mosquito alcance a fase adulta.


Com apoio de pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB), o estudo foi realizado em Brasília e também obteve bons resultados na diminuição de doenças. “Isso aconteceu no contexto da epidemia de zika em 2016. Na época, o governo federal estava atrás de novas estratégias para fazer o combate vetorial do mosquito, tendo em vista que as ações eram as mesmas há mais de um século”, comenta Luz em entrevista à Agência Brasil. A partir disso, com o Centro de Operações de Emergência (COE) para Dengue e outras Arboviroses, foram selecionadas diferentes cidades para entender como a estratégia de autodisseminação funcionaria em áreas diferentes da Amazônia.


“Tivemos um resultado bem significativo, de redução de cerca de 30% de casos de dengue na área central, onde estão as estações disseminadoras, e 20% nas áreas adjacentes, comprovando o que já tínhamos mostrado: o mosquito voa e, se ele voa, consegue dispersar larvicida para outras áreas”, informou o pesquisador.


A estratégia desenvolvida e coordenada pelos técnicos da Fiocruz Amazônia foi adotada pelo Ministério da Saúde (MS) em seu novo plano de ação para reduzir os impactos da dengue e de outras arboviroses no Brasil, divulgado na quarta-feira (18). Na publicação, o ministério informa que vai expandir o uso das EDLs para o controle do Aedes aegypti nas periferias brasileiras. “Agora, as Estações Disseminadoras de Larvicida fazem parte do grupo de estratégias usadas como política pública no controle do mosquito transmissor da dengue”, celebra Luz.



“É importante dizer que essas medidas são complementares. A solução ainda depende muito, porque cerca de 70% dos criadouros dos mosquitos estão nas casas das pessoas, então é preciso que a comunidade e a população contribuam de forma decisiva, não deixando água acumulada, fazendo limpeza do terreno e descartando o lixo adequadamente”, alerta o pesquisador.


Segundo o Painel de Monitoramento das Arboviroses do MS, até setembro de 2024 foram registradas 5.428 mortes por dengue e 6.529.520 casos prováveis da doença. Os casos costumam ser mais comuns, sobretudo, em épocas de altas temperaturas e chuvas frequentes.


Agência Brasil

'MS Supera' anuncia convocação de classificados do cadastro reserva

 

Candidatos que não completarem o processo corretamente dentro do prazo estipulado serão considerados desistentes


A Secretaria de Estado de Assistência Social e dos Direitos Humanos (Sead) publicou uma resolução no Diário Oficial Eletrônico da última sexta-feira (27), anunciando a convocação dos classificados para o Programa MS Supera – Fase “E”. A Resolução n. 64 confirma que as 2 mil vagas do programa foram totalmente preenchidas.


A Sead explica que mesmo diante do preenchimento das vagas o processo seletivo mantém um cadastro de reserva composto por 385 candidatos. Esses candidatos poderão ser convocados até 28 de fevereiro de 2025. Além disso, a resolução informa o desligamento de 20 beneficiários do programa, seja por desistência, conclusão de curso, a pedido ou por descumprimento das regras de permanência.


Convocação dos substitutos

Diante dessas novas vagas, a Secretaria convoca os 20 primeiros candidatos do cadastro de reserva, que terão até o dia 2 de outubro de 2024 para assinar o Termo de Concessão do Benefício. O documento já está disponível no sistema MS Supera no site www.sead.ms.gov.br  bem como a relação dos estudantes convocados.


Conforme a Sead, os convocados deverão acessar a página, baixar o termo, assiná-lo preferencialmente através da ferramenta de assinatura digital , e reenviar GOV.BR o documento devidamente assinado. Caso o estudante seja menor de idade, os pais ou responsáveis legais também deverão assinar o termo.



Procedimentos e prazo

Candidatos que não completarem o processo corretamente dentro do prazo estipulado serão considerados desistentes, e suas vagas serão oferecidas a outros estudantes do cadastro de reserva.


O pagamento do benefício será realizado diretamente na conta bancária do beneficiário por meio de transferência instantânea (PIX). O primeiro pagamento será efetuado em até cinco dias úteis após a conclusão da assinatura do termo, e os seguintes pagamentos ocorrerão até o dia 10 de cada mês.


A Sead reforça que é responsabilidade do estudante conferir o número da chave PIX inserido no Termo de Concessão do Benefício, garantindo o recebimento correto dos valores.


MS Supera

O programa MS Supera tem como objetivo principal conceder benefício social no valor de um salário mínimo a estudantes de baixa renda, de cursos de educação profissional técnica de nível médio ou universitários de instituições públicas ou privadas, visando a estimular a permanência dos estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica, em especial os indígenas, nos cursos universitários e de educação profissional técnica e reduzir a evasão escolar.


Dúvidas sobre o programa podem ser sanadas pelo telefone 3314-4848 ou ainda pelo e-mail mssupera@sead.ms.gov.br


Modelo suíço prevê tempo de germinação da batata

 

                                            Foto: Agrolink

Foram avaliados dados extensivos de mais de 500 variedades de batatas

O centro científico suíço Agroscope desenvolveu um modelo inovador que permite prever o tempo de germinação de uma variedade específica de batata com base nas condições climáticas. Com uma base de dados de 25 anos de testes de variedades, o objetivo principal é fornecer à prática agrícola e à indústria uma ferramenta eficiente para otimizar o armazenamento de batatas. A germinação durante o armazenamento resulta na perda de qualidade do tubérculo, acarretando prejuízos econômicos para os produtores. A previsão precisa do tempo de germinação após o período de dormência permite um melhor controle do processo de armazenamento, minimizando perdas.



No estudo realizado pela Agroscope, foram avaliados dados extensivos de mais de 500 variedades de batatas testadas em seis locais ao longo de 25 anos, acumulando mais de 3.000 registros de germinação. A análise revelou que a variedade da batata é o principal fator na duração do período de dormência, representando 60,3% da variação, seguida pelo ano de plantio (13,9%) e pela localização geográfica (5,4%). Isso destaca a importância de se conhecer a variedade específica para otimizar o armazenamento e a qualidade do produto final.


O modelo preditivo desenvolvido pela Agroscope é baseado em cerca de 250 parâmetros, com uma precisão impressionante de 14,59 dias na previsão do tempo de germinação. Entre os principais parâmetros utilizados estão a “classe varietal” e a “soma das temperaturas máximas diárias do ar desde o plantio até a colheita”. O modelo foi testado e validado em experimentos de estufa, nos quais se observaram medições precisas da dormência de sementes de diferentes variedades de batata sob diversas condições de temperatura.



Com o aumento dos desafios impostos pelas mudanças climáticas na agricultura, ferramentas preditivas como essa podem se tornar essenciais para manter a qualidade dos produtos armazenados e reduzir desperdícios. A Agroscope já planeja desenvolver um aplicativo para smartphones ou um site que permitirá aos agricultores prever o tempo de germinação de uma variedade específica de batata, inserindo apenas o nome da variedade, a data de plantio e a data de colheita. Isso trará benefícios significativos para a agricultura, possibilitando um gerenciamento mais eficiente e econômico do armazenamento de batatas.