domingo, 6 de fevereiro de 2022

'É uma delícia mergulhar no passado', diz Antonio Calloni, que volta às telas em 'Além da ilusão'

 

                                           Antonio Calloni e Larissa Manoela contracenam em "Além da ilusão", novela de Alessandra Poggi Foto: Divulgação/Mauricio Fidalgo/TV Globo


Nova novela das seis da TV Globo estreia nesta segunda-feira (7) tratando de temas como liberdade feminina e justiça social durante Era Vargas

Sai o Império, entra a Era Vargas no horário das 18h da TV Globo, com a estreia nesta segunda-feira (7) de “Além da ilusão”, primeira novela com autoria solo de Alessandra Poggi, de “Os dias eram assim”. A trama, que tem direção artística de Luiz Henrique Rios e se passa entre os anos 1934 e 1944, conta a história de Davi (interpretado por Rafael Vitti), um mágico condenado injustamente pela morte de Elisa (Larissa Manoela), filha preferida do influente juiz Matias (Antonio Calloni) e de Violeta (Malu Galli). O tempo passa, Davi foge da prisão, assume identidade diferente e se apaixona pela outra filha de Matias, Isadora, também interpretada por Larissa Manoela, em sua primeira novela na emissora.


É uma história clássica de amor, mas não só. Para o experiente Antonio Calloni, há muitos temas subjacentes que ressoam com o que é discutido atualmente.


— Os assuntos tratados na novela são bem variados, mas eu destacaria o patriarcado e o feminismo. Como o primeiro oprime o desejo de progresso e liberdade da mulher, e como o segundo lutava contra isso já naquela época — diz Calloni. — A Violeta e a Isadora lutam em prol de liberdade em todos os sentidos



A personagem do ator, um pai obcecado pela filha e dono de status e poder em Campos dos Goytacazes, no estado do Rio, onde se passa a novela, promete atrapalhar o amor de Isadora e Davi.


—O juiz Matias é fascinante, vai muito além de um simples vilão — adianta Calloni, cuja última novela foi “Éramos seis”, em 2019, uma produção também de época. — É uma delícia mergulhar no passado. Você acaba se desintoxicando de algumas coisas, principalmente do celular (risos). Você retoma um outro ritmo, um outro tempo.


A justiça social também tem espaço no folhetim. O tema é abordado nas relações de trabalho estabelecidas na Tecelagem Tropical, fábrica administrada por Violeta (Malu Galli), pela irmã, Heloísa (Paloma Duarte), e pelo sócio delas, Eugênio (Marcello Novaes).


— Violeta vai lutar por igualdade de direitos para as mulheres e vai apoiar as causas pacifistas e de justiça— diz Malu. — É uma mulher corajosa, de temperamento forte. Cria suas filhas para serem livres.


Vivências

Com os jovens Larissa Manoela, de 21 anos, e Rafael Vitti, de 26, como protagonistas, a novela mescla juventude e experiência numa combinação que tem garantido bons frutos para todas as idades.


—Larissa e Rafael têm uma postura fantástica, muito dispostos a aprender e a ensinar também. Todo grande mestre é um grande aprendiz. O astral deles é maravilhoso — diz Calloni.

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