terça-feira, 1 de fevereiro de 2022

Chuvas podem recuperar o déficit hídrico no PR e MS

 


Por outro lado, a projeção indica uma piora no Rio Grande do Sul
Por:  -Aline Merladete


No recente relatório do acompanhamento de Monitoramento Semanal das Condições das Lavouras, da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), há uma expectativa na melhora das condições hídricas em algumas regiões ao sul do Mato Grosso do Sul e oeste do Paraná. Vale mencionar que, a melhora da condição hídrica nestas áreas só será representativa naquelas lavouras de soja e milho que se encontram no estádio de desenvolvimento vegertativo. Aquelas que já estão em estádios mais avançados, ou, que passaram por uma situação de estresse hídrico muito acentuado, não sentirão o efeito desta melhora. 



Por outro lado, a projeção indica uma piora no Rio Grande do Sul. Esta piora vem na sequência de chuvas muito abaixo da média, sobretudo no oeste e sudoeste gaúcho. A fim de ilustrar a situação dessa região, os maiores acumulados de chuvas nos últimos 30 dias são 22.8 mm em Uruguaiana, 36.8mm em Itaqui, 17.6 mm em São Borja e 60.4 mm em Alegrete. Vale salientar que, esta é uma das regiões do país com os menores volumes de chuvas registrados ao longo de Janeiro. 


O que a Conab diz:


Soja - Na Bahia a colheita continua no Extremo-Oeste. As lavouras estão em boas condições, mas com incidência pontual de doenças pelo excesso de umidade. Em Mato Grosso, 31% da área colhida. Apesar das chuvas, as operações avançaram. Em Goiás, a colheita evolui lentamente no sudoeste devido às chuvas. Em Minas Gerais, a colheita iniciou pelo Noroeste e Triângulo. No Rio Grande do Sul, plantio em 98% da área esperada. Houve chuvas em algumas regiões, mas o cenário ainda é de baixa umidade nos solos. No Paraná, a estiagem adiantou o ciclo da cultura e a colheita já está em 8% da área.


Milho - No Rio Grande do Sul, a colheita se intensifica e alcança 34% da área. Altas temperaturas e clima seco antecipam a maturação dos grãos. Por mais que tenha registros de chuvas recentes, elas foram irregulares e mal distribuídas, não alterando o cenário de perda de produtividade. Em Minas Gerais, as fortes chuvas foram prejudiciais para algumas lavouras em floração. No Paraná, a colheita alcança 8% da área total. As demais lavouras estão em maturação e frutificação. A escassez hídrica impacta a cultura e reduz a expectativa de produtividade e qualidade dos grãos. Na Bahia, o excesso de chuvas e a menor luminosidade traz perdas de potencial em lavouras do Extremo Oeste e Centro do estado.


Algodão - A cultura está 78,8% semeada. Em Mato Grosso, a lavoura de 1º safra apresenta bom desenvolvimento, plantio da 2º favorecido pelo clima. No Extremo Oeste da Bahia, alta precipitação propicia desenvolvimento de doenças, porém sem expectativas de perdas generalizadas. Em Minas Gerais, a semeadura está em andamento e as chuvas abundantes estão favoráveis à cultura. Em Goiás, houve ressemeadura em algumas áreas do Leste do estado. Em Mato Grosso do Sul, finalizou-se a semeadura, lavouras no Centro Sul iniciam floração. Em São Paulo, avanço da semeadura na região Noroeste. No Piauí, lavouras seguem em boas condições.

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