Por YARIMA MECCHI
A desistência de Pedro Chaves (PRB) da vaga para senador na chapa majoritária do PDT rachou ainda mais a sigla. Em uma carta encaminhada à imprensa na tarde desta quarta-feira (15) o candidato ao Governo de Mato Grosso do Sul e juiz federal aposentado, Odilon de Oliveira (PDT), disse sem citar nomes que “a desistência, mesmo no começo da batalha, é um autêntico exemplo de covardia, de desmerecimento da confiança alheia”.
O partido que perdeu o pecuarista ex-pré-candidato ao Senado Federal Chico Maia na reta final da pré-campanha, agora terá o terceiro nome para a cadeira. Maia começou o ano fazendo pré-campanha com o PDT e acompanhando as agendas de Odilon, porém desistiu do pleito, a desistência abriu portas para Chaves, que ficou sem sua vaga no PSDB, os tucanos fecharam a chapa com o ex-secretário Marcelo Miglioli e o ex-prefeito de Campo Grande, Nelson Trad (PTB).
“Quando resolvi deixar o cargo de juiz federal para ingressar na política, impus uma condição: não aceitar corruptos ao meu lado. Esqueci-me de incluir os covardes. A honestidade não é uma virtude, mas um dever. Na política, arte de transformação da sociedade, antes sozinho do que mal acompanhado ou junto com egoístas, frouxos, covardes ou venáveis, sob pena de se andar pelo caminho de sempre”, desabafou Odilon.
Desde a semana passada os bastidores do PDT tem movimento a imprensa com a possível desistência de Chaves, mas os partidos coligados negaram os boatos e nesta semana Odilon chegou a dizer que estava tudo indo bem com relação sua aliança. Finalizando sua carta ele disse que “o verdadeiro soldado é aquele disposto a morrer lutando, se preciso for. O resto é simplesmente o resto”, Juiz Odilon.
Outro texto tem sido divulgado por meio de redes sociais, mas sendo escrito por Pedro Chaves e destinado ao presidente do PRB, Wilton Acosta. “A condição “sine-qua-non” era ter uma candidato único para o Senado Federal. Infelizmente o PDT fez uma aliança espúria e silenciosa com o “Podemos”, lançando, sem meu conhecimento mais um candidato ao Senado, inviabilizando assim minha candidatura. Dei 12 dias. para o PDT resolver esta situação e cumprir a palavra empenhada. Lamentavelmente até esta data todas as tentativas foram em vão”, justificando sua saída
Chaves diz não querer atrapalhar os destinos da coligação e por isso renuncia sua candidatura. A assessoria de imprensa do PRB não soube confirmar se Chaves realmente escreveu o texto, apenas informou que ele está fora do país.
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