quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Glifosato ainda não está suspenso no Brasil

                                                         Foto;Leonardo Gottems
"A União tem 30 dias para suspender o registro dos produtos à base de glifosato"

Por:  -Leonardo Gottems

O gerente de Assuntos Científicos da Monsanto, Guilherme Cruz, afirmou durante o XXXI Congresso da Ciência de Plantas Daninhas que os produtos à base de glifosato ainda não estão suspensos no Brasil. De acordo com ele, a União tem um prazo de 30 dias para aplicar a suspensão, que irá durar até a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) reavaliar o princípio ativo.


“É importante esclarecer que, nesse momento, os produtos à base de glifosato não estão suspensos no Brasil. A partir do dia 3, quando a liminar em questão foi emitida, a União tem 30 dias para suspender o registro dos produtos à base de glifosato. Então ainda estamos com esse prazo contando, continuamos vendendo e o produtor pode aplicar”, explica.

Na ocasião, a juíza substituta da 7ª Vara do Distrito Federal, Luciana Raquel Tolentino de Moura atendeu a um pedido do Ministério Público Federal (MPF) para que todos os agroquímicos à base de glifosato fossem proibidos no País. Nesse sentido, Cruz explica que as medidas cabíveis foram tomadas pelos órgãos competentes e a Monsanto só está esperando a decisão.

“Em relação a liminar, a Monsanto vai tomar nenhuma atitude diretamente, porque é uma liminar que não cita a Monsanto de maneira alguma e nem questiona a segurança do produto. A gente sabe que já teve um movimento do Ministério da Agricultura e da AGU (Advocacia Geral da União), então a gente fica aguardando e respeitando as decisões da Justiça”, comenta.

O gerente cita também que a patente do glifosato caiu há alguns anos e hoje não é somente a Monsanto que trabalha com o produto. Assim, ele garantiu que a empresa vai respeitar todas as decisões da Justiça sobre o caso. “Se o registro do glifosato cair, a gente vai acatar a decisão da justiça e, com certeza, nesse momento, a gente vai deixar de comercializar, de produzir e vai comunicar os agricultores para que também sigam o mesmo caminho”, conclui

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