quinta-feira, 30 de agosto de 2018

Odilon é acusado de vender sentença e manipular escutas

Ex-braço direito fez acusações registradas em cartório contra juiz

Ex-braço direito e primo do juiz federal aposentado e candidato a administração de Mato Grosso do Sul, Odilon de Oliveira (PDT), Jedeão de Oliveira registrou no cartório de 1º Oficial  de Registro Civil das Pessoas Naturais, de Bauru (SP), declarações em que afirma que o magistrado, enquanto titular da 3ª Vara Federal de Campo Grande, realizou escutas ilegais, superfaturou relatórios de apreensões feitas pela Justiça e vendeu sentenças para amigos conhecidos.a reportagem, de Yarima Mecchi, na edição de hoje(30) do jornal Correio do Estado

Em suas acusações, Jedeão destaca que trabalhou durante 22 anos como diretor de Secretaria e chegou à função porque o magistrado era grato ao seu pai, tendo em vista que ele fez Odilon estudar, acompanhando sua trajetória até se formar em Direito, em Campo Grande. O primo de Odilon foi exonerado do cargo e está sendo acusado de desviar R$ 11 milhões da Justiça Federal. Ele se defende e afirma que as acusações contra ele não passam de armações do primo.

Conforme o documento obtido pelo Correio do Estado, o ex-diretor da Secretaria da 3ª Vara Federal afirma que Odilon tinha uma equipe particular de arapongagem (espionagem) dentro da Polícia Federal com agentes na ativa e aposentados. De acordo com o registro de Jedeão, a equipe praticava “os maiores absurdos a fim de encontrar criminosos e atividades ilícitas, todos eram alvos. Bastava ter um patrimônio visível, bastava dirigir um carro de grande valor, por exemplo… Ele investigava cidadãos comuns, empresários, políticos, advogados, outros juízes etc”, afirma o primo do magistrado em seu texto.

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