quarta-feira, 22 de agosto de 2018

Intolerância à lactose: sintomas, tratamentos e causas

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Roberto Navarro Sousa Nilo
oberto Navarro Sousa Nilo

Nutrologia - CRM 78392/SP
Por Redação/Minha vida.com.br



O que é Intolerância à lactose?

A intolerância à lactose, também conhecida como deficiência de lactase, é a incapacidade que o corpo tem de digerir lactose - um tipo de açúcar encontrado no leite e em outros produtos lácteos.

Tipos

Existem três tipos de intolerância à lactose. Conheça:

Intolerância à lactose primária, resultado do envelhecimento. É comum em pessoas de idade mais avançada
Intolerância à lactose secundária, resultado de alguma doença ou ferimento
Intolerância à lactose congênita, quando a pessoa já nasceu com o problema.
Causas

A intolerância à lactose acontece como consequência de um outro problema: a deficiência de lactase. Ela ocorre quando o intestino delgado deixa de produzir a quantidade necessária da enzima lactase, cuja função é quebrar as moléculas de lactose e convertê-las em glucose e galactose.

A presença de lactose no organismo se dá por meio da ingestão de leite e seus derivados.


As causas para a intolerância à lactose variam de acordo com o seu tipo:

Intolerância à lactose primária
Durante a infância, o corpo produz muita enzima lactase, pois o leite é a fonte primária de nutrição após o nascimento. Geralmente, o corpo diminui a quantidade de lactase produzida conforme a pessoa vai envelhecendo e sua dieta variando, com o acréscimo de novos tipos de alimentos. Com o tempo, esse declínio na produção de lactase pode levar a um quadro de intolerância à lactose.

Intolerância à lactose secundária
Este tipo de intolerância ocorre quando o intestino delgado deixa de produzir a quantidade normal de lactase por causa de alguma doença, cirurgia ou injúria. Algumas condições que podem levar a um quadro de intolerância à lactose secundária são a doença celíaca, gastroenterite e a doença de Crohn, por exemplo. O tratamento da condição intrínseca a esse tipo de intolerância pode resolver o problema.

Intolerância à lactose congênita
É possível, embora raro, que bebês nasçam com intolerância à lactose por causa da deficiência total de lactase no organismo. Essa condição é conhecida como herança autossômica recessiva e é passada de geração em geração. Isso significa que tanto o pai quanto a mãe precisam transmitir o gene da intolerância à lactose para o filho para que ele apresente o problema.

Saiba mais: Intolerância à lactose na infância pode não ser permanente
Fatores de risco

Alguns fatores são considerados de risco para a intolerância à lactose. Confira:

Idade: conforme os anos vão passando, a chance de se desenvolver intolerância à lactose aumenta
Etnia: intolerância à lactose é mais comum em negros, asiáticos, hispânicos e indígenas
Nascimento prematuro: bebês que nasceram prematuramente apresentam menos lactase no organismo porque a produção desta enzima aumenta somente no final do terceiro trimestre da gravidez
Doenças: algumas condições que afetam o intestino delgado podem alterar a produção da enzima lactase, levando à intolerância à lactose, como a doença de Crohn

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Sintomas

Sintomas de Intolerância à lactose

Os sintomas de intolerância à lactose geralmente começam de trinta minutos a duas horas depois de a pessoa ingerir alimentos ou bebidas que contenham lactose. Entre os sintomas estão:

Diarreia
Náusea e, às vezes, vômito
Dores abdominais
Inchaço.
A intensidade dos sintomas varia de acordo com a ocasião, mas eles costumam ser amenos.

Buscando ajuda médica

Caso perceba os sintomas acima e suspeite que eles estejam ligados à ingestão de lactose, procure um médico e explique a situação.

A consulta costuma ser rápida, por isso é importante que você agilize e leve os seus sintomas anotados, para descrevê-los ao médico. Aproveite também para tirar todas as suas dúvidas.

O especialista também deverá lhe fazer algumas perguntas. Veja exemplos:

Você ingeriu algum alimento ou bebida que contenha leite?
Quando os sintomas começaram?
Os sintomas são frequentes ou ocasionais?

Tratamento de Intolerância à lactose

Não existem tratamentos para a intolerância à lactose. Mas você pode adicionar enzimas lactase ao leite normal ou tomá-las em forma de cápsulas e comprimidos mastigáveis.

Saiba mais: Intolerância à lactose é facilmente controlada
Pessoas com esse problema geralmente evitam alimentar-se ou ingerir produtos que contenham lactose.

Convivendo/ Prognóstico

Geralmente, a diminuição ou a remoção de produtos lácteos da dieta melhora os sintomas da intolerância à lactose.

Saiba mais: Monte o cardápio ideal contra intolerância à lactose
A maioria das pessoas com baixos níveis de lactase pode tolerar de 55 a 115 gramas de leite de uma só vez (até meia xícara) sem ter sintomas. Porções maiores (225 gramas) podem causar problemas para pessoas com deficiência de lactase.

Alguns produtos lácteos podem ser mais fáceis de digerir por conterem menos lactose do que o leite comum. No entanto, eles devem ser experimentados com cautela, já que podem causar reações ainda assim. Veja alguns deles:

Manteiga e queijos (eles têm menos lactose do que o leite)
Produtos lácteos fermentados, como iogurte
Leite de cabra (deve ser ingerido juntamente com as refeições e suplementado com aminoácidos essenciais e vitaminas se for oferecido a crianças)
Sorvete, milk-shakes e queijos envelhecidos ou duros
Leite e produtos lácteos sem lactose
Leite de vaca tratado com lactase para crianças maiores e adultos
Fórmulas de soja para crianças com menos de dois anos
Leia os rótulos dos alimentos. A lactose também é encontrada em alguns produtos não lácteos, inclusive em algumas cervejas.

Complicações possíveis

A ausência de leite na dieta pode levar à deficiência de cálcio, vitamina D, riboflavina e também de proteína. Talvez seja necessário encontrar novas maneiras de acrescentar cálcio à sua dieta (são necessários 1.200 a 1.500 mg de cálcio por dia):

Tome suplementos de cálcio
Coma alimentos que tenham mais cálcio (folhas verdes, ostras, sardinhas, salmão enlatado, camarão e brócolis).
Intolerância à lactose também pode acarretar um quadro de desnutrição e perda de peso.

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