Campo Grande sedia entre 19 e 23 de setembro o II Festival Cultural do Chamamé, que promete reunir embajadas (delegações) de Argentina, Paraguai e Brasil em torno de um ritmo que é patrimônio cultural imaterial de povos desses países.
O evento, que acontece no Parque das Nações Indígenas e no Centro de Convenções Rubens Gil de Camillo (o Palácio Popular da Cultura), foi lançado na noite desta quarta-feira (15) no Sesc Horto e terá transmissão ao vivo pela TVE Cultura das principais atrações.
Diretor-presidente da Fertel (Fundação Luiz Chagas de Rádio e TV Educativa de Mato Grosso do Sul), o jornalista Bosco Martins afirmou ser obrigação da comunicação pública estadual dar espaço uma expressão cultural tão presente no Estado.
“Uma das preocupações que pautam a TVE Cultura e a 104.7 FM Educativa é dar o merecido espaço para a música regional. E o chamamé é uma música quase onipresente em nossa cultura, conhecida por praticamente toda a nossa população. É com muito orgulho que anunciamos a transmissão do II Festival Cultural do Chamamé, que será um marco nesse início da nova era digital da TVE Cultura” afirmou Bosco.
A data de transmissão coincide com a programação interna da Fertel para migração do sinal da TVE Cultura do satélite C3 para o StarOne C2, que atingirá 24 milhões de lares e 70 milhões de famílias no Mercosul –outra ação que integra a melhoria do sinal, que já é transmitido no sistema digital. “São mudanças que integram, também, a melhoria no conteúdo da programação, com foco regional e a divulgação da cultura. O II Festival do Chamamé será o primeiro grande evento que vamos retransmitir para a América Latina”, destacou o diretor-presidente da Fertel.
Identidade cultural
O II Festival Cultural do Chamamé é realizado pelo Instituto Cultural do Chamamé de Mato Grosso do Sul, Fertel e Secc (Secretaria de Estado de Cultura e Cidadania). Presidente do instituto, o radialista Orivaldo Mengual –apresentador do programa Hora do Chamamé, da 104.7 FM Educativa– destaca a importância do evento em diferentes campos.
“Primeiro, ele garante o fortalecimento dos músicos regionais, os nossos chamamezeiros, que apenas recentemente voltaram a ser valorizados depois de anos de esquecimento, mas que ainda precisam ter mais visibilidade e apoio”, afirmou. “Além disso, o festival ressalta uma identidade musical muito forte que Mato Grosso do Sul tem: o próprio chamamé que, ao lado da guarânia e da polca, estão presentes em nosso povo”.
“Como o próprio secretário Athayde Nery (Cultura e Cidadania) sempre destaca, eventos como este ressaltam a preocupação com a cidadania cultural, do pertencimento da comunidade à realidade na qual está imersa”, frisou Bosco Martins.
O II Festival Cultura do Chamamé de Mato Grosso do Sul foi apresentado em 6 de março, em ato na Governadoria, quando também foi discutido o pleito coletivo entre Brasil e Argentina para que o Chamamé seja declarado, ainda em 2018, Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura).
Toda a programação sujeita a modificações por razões artísticas, técnicas ou de força maior. Mais informações sobre o evento podem ser obtidas no site http://www.chamamems.com.br ou pelos telefones (67) 99927-5144 e (67) 99275-9015.
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