Arnaldo Antunes lança Ela é tarja preta

Folha.com Depois de artistas contemporâneos como Lucas Santtana e a banda Do Amor lançarem, em seus discos mais recentes, músicas com influências diretas da música paraense, agora é a vez de Arnaldo Antunes. Com referências a ritmos do Pará, o cantor e compositor paulistano acaba de lançar "Ela É Tarja Preta", terceiro single de seu próximo álbum, batizado de Disco, com lançamento previsto para setembro. Arnaldo também disponibilizou na internet um vídeo com o makingof da gravação da música. A nova música do ex-Titãs foi feita em parceria com o baixista e produtor Betão Aguiar e com expoentes da cena paraense, como Felipe Cordeiro e Luê, além de Manoel Cordeiro, considerado um dos pais da lambada. A canção, gravada com a banda base do último disco de Arnaldo, "Iê-Iê-Iê" (2009) --Betão Aguiar (baixo), Curumin (bateria e programações), Chico Salem (guitarra) e Marcelo Jeneci (teclados e sanfona), com o acréscimo de Felipe Cordeiro (guitarra)--, fala de uma mulher tarja preta que chega a um baile e desperta o interesse de um rapaz comprometido. Antes de "Ela É Tarja Preta", Arnaldo Antunes já havia lançado dois singles, "Muito Muito Pouco" e "Dizem (Quem me Dera)" --esta última em parceria com Marisa Monte e Dadi Carvalho--, que também farão parte de seu novo álbum. As três novas músicas podem ser ouvidas na íntegra na página de Arnaldo no SoundCloud. Em seu site, o músico explica que não pretendia lançar um disco neste ano. A intenção de Arnaldo era seguir em turnê com o show de seu "Acústico MTV". A quantidade de novas composições que surgiram nas últimas férias do cantor fez com que ele mudasse de ideia e anunciasse o lançamento de seu próximo trabalho para setembro. Arnaldo, que tem lançado as músicas separadamente na internet antes de o disco chegar às lojas, também comentou no site o nome do novo álbum. "Não só pela brincadeira evidente (- Você já ouviu o disco do Arnaldo? / - Que disco? / - o Disco!), mas para jogar a reflexão sobre o que é um disco nesses tempos de música virtual, em que cresce o consumo de canções soltas dos álbuns, numa volta dos singles, ou dos antigos compactos", escreveu o compositor.