Por André Bento-Dourados News
Levantamento do Siga-MS (Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio) revela que até sexta-feira (18) aproximadamente 1,129 milhão de hectares de soja haviam sido colhidos em território sul-mato-grossense. Isso representa quase um terço dos 3,776 milhões de hectares cultivados com a oleaginosa no Estado na safra 2021/2022.
Esses dados constam no mais recente boletim Casa Rural divulgado por Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul) e Aprosoja-MS (Associação dos Produtores de Soja e Milho).
Segundo o documento datado de terça-feira (22), a região centro está com a colheita mais avançada e atingiu média de 40,8%, enquanto a região norte está com 27,7% e a região sul com 26,8%.
Além disso, foi verificado que a colheita está aproximadamente 20,20% mais acelerada relação à safra 2020/2021, levando-se em consideração a data de referência de 18 de fevereiro. Somente nos 7 dias recentes, a operação avançou 11,6%.
Entretanto, considerando as perdas ocasionadas pela estiagem até dia 18 de janeiro, a produtividade estimada foi revisada para 50,60 sacas por hectare e a expectativa de produção de 11,464 milhões de toneladas.
No início desse ciclo produtivo, o agronegócio sul-mato-grossense estimava colher 56,38 sacas por hectare e produzir 12,773 milhões de toneladas de soja. Porém, as projeções já haviam sido reduzidas para 53,69 sacas por hectare e 12,164 milhões de toneladas em razão as adversidades climáticas.
Em relação ao mercado interno, o boletim Casa Rural aponta que o preço médio da saca de 60 quilos de soja registrou valorização de 4,08% entre 14 a 21 de fevereiro no Estado, cotada ao valor médio nominal de R$ 183,50.
“A queda da produtividade da soja proveniente das condições climáticas no MS, alinhado ao alto custo dos insumos de produção, favoreceram o aumento nos preços da soja no mercado interno”, detalha a publicação.
Embora informe que o preço médio de fevereiro é de R$ 180,65, alta nominal de 17% no comparativo com igual período de 2021, quando a oleaginosa havia sido cotada, em média, a R$ 154,28, o documento pondera que “esse valor não significa que o produtor esteja realizando negociações neste preço, tendo em vista que a comercialização é gradativa”.
Quanto à comercialização, é mencionado levantamento da Granos Corretora segundo o qual, até o dia 8 passado, Mato Grosso do Sul havia comercializado 39,94% da safra 2021/22 de soja, volume 21% inferior no comparativo com o mesmo intervalo de tempo do ciclo anterior.
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