sexta-feira, 13 de abril de 2012

Capital amplia em de 300% verbas para o Fmic e Fom teatro

A política de incentivo e fomento a cultura será reforçada neste ano com aumento de 307% dos recursos destinados ao Fundo Municipal de Incentivo à Cultura (FMIC) e ao Programa Municipal de Fomento ao Teatro que passou de R$ 368 mil para R$ 1,5 milhão, sendo R$ 400 mil reservados para o Fomteatro. Somente no orçamento de 2012 corresponde a 74% dos recursos acumulados liberados pelo Fundo desde sua criação, em 2006.

O prefeito Nelson Trad Filho lembra que a destinação dos recursos é feita de forma transparente e com ampla participação da sociedade civil representada pelo Fórum Municipal da Cultura, que indica metade dos integrantes do Conselho Municipal de Cultura. O edital de seleção dos projetos foi publicado no último de 06 de março. Os agentes culturais têm prazo até o próximo dia 23, para apresentarem seus projetos e se habilitarem aos recursos. As regras e os critérios de seleção estão previstos no edital.

O projeto inscrito no Fundo Municipal de Incentivo à Cultura deve ter caráter estritamente artístico-cultural. Cada proponente, pessoa física ou jurídica de direito privado de natureza cultural, poderá inscrever apenas um projeto com direito a pleitear até R$ 80 mil.

Em 2011, com os R$ 250 mil liberados para o fundo de incentivo à cultura e os R$ 136 mil do fomento ao teatro, foram beneficiados 25 projetos. Uma destas iniciativas é a do bailarino André Antonio de Souza, que conseguiu captar R$ 15 mil para um projeto social no Jardim Novos Estados, “Os homens no ballet”, desenvolvido na Zoi Escola de Dança. O público alvo são crianças e jovens entre 5 e 17 anos, em situação de vulnerabilidade social, que durante um ano terão oportunidade de aprender as técnicas para que possam se tornar um bailarino. “O curso é gratuito e aqueles que demonstrarem melhor desempenho vão integrar a companhia de dança que pretendemos formar“, explica o professor André.

A classe artística beneficiada pelo FMIC reconhece o valor desta iniciativa. Segundo Sonia Ruas Rolon, coreógrafa e coordenadora de um grupo de teatro e dança, “o Fmic é ótimo porque possibilita a realização dos nossos espetáculos e este aumento é importantíssimo para trabalharmos melhor. Agora, nosso setor vai crescer e teremos nossos projetos realizados de forma concreta e completa”, acredita a artista.

Jair Damasceno, diretor de teatro, diz que Campo Grande está caminhando no rumo certo. Para ele, o edital deste ano é como um símbolo de uma conquista para a representatividade cultural que se uniu para pedir reconhecimento. “É da maior importância que a cultura e a arte sejam vistos como bem e patrimônio da inteligência da sociedade”, finaliza Damasceno.

O prefeito lembra que a lei municipal 4.787 sancionada por ele em 23 dezembro de 2009, o Plano Municipal de Cultura, estabelece que até 2020 o município terá de destinar 1% dos recursos para os investimentos culturais. “Iniciamos este processo gradativo de aumento dos recursos, de forma sustentável financeiramente”. Nelson Trad lembra que além ter criado o fundo de incentivo a cultura, o fomento ao teatro e agora da música, em sua administração foi construída a concha acústica da Praça do Rádio Clube e está em andamento as obras do Centro de Belas Artes, com aproveitamento da construção inacabada projetada para ser a rodoviária.

Com cerca de 11 mil m², o centro terá condições de abrigar diversas manifestações artísticas e culturais. Funcionarão no local o Centro de Música Municipal Ernani Alves Corrêa, que agrupará a Escola de Música, a Banda Municipal, a Orquestra Sinfônica Municipal e o Coro Municipal; a Companhia Municipal de Dança; as oficinas de Artes Plásticas e Artesanato; a Pinacoteca Municipal e a Escola Municipal de Teatro.

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