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sábado, 15 de fevereiro de 2020
Manchester City é banido de torneios europeus por dois anos
G1
Bomba no futebol mundial. A Uefa anunciou nesta sexta-feira, dia 14 de fevereiro, que o Manchester City está banido por dois anos de qualquer competição europeia de clubes. A confederação divulgou um comunicado alegando que a decisão foi tomada pelo Organismo de Controle Financeiro (CFCB), que também impôs uma multa de € 30 milhões (R$ 140 milhões na cotação atual) ao clube inglês por cometer sérias violações e também não cooperar com a investigação. O Manchester City declarou que vai recorrer ao Tribunal Arbitral do Esporte (CAS).
O City foi considerado culpado por ter inflacionado de forma falsa os valores de seus patrocínios, no período entre 2012 e 2016, apresentados à Uefa em um processo aberto depois de documentos vazados pela revista alemã "Der Spiegel", em novembro de 2018. A punição deve ser cumprida nas temporadas 2020/21 e 2021/22. Portanto, a equipe, que está nas oitavas de final da atual edição, segue na competição da atual temporada.
Os emails vazados mostravam que o proprietário do City, Sheik Mansour bin Zayed Al Nahyan, da família que governa Abu Dhabi, estava financiando o patrocínio anual de 67,5 milhões de libras da camisa, estádio e as divisões de base através da Etihad Airways, companhia aérea de seu país.
Um dos documentos sugeriu que apenas 8 milhões de libras desse patrocínio na temporada 2015/16 foram financiados diretamente pela Etihad Airways, enquanto o restante veio do veículo da empresa de Mansour para a propriedade do City, o Abu Dhabi United Group.
O processo no Organismo de Controle Financeiro (CFCB) da Uefa foi conduzido pelo jurista português José Narciso da Cunha Rodrigues, membro do Tribunal de Justiça da União Europeia.
Em comunicado oficial, o Manchester City se disse "decepcionado por não se surpreender" com a decisão e afirmou que vai recorrer:
"O Manchester City está desapontado, mas não surpreso com a decisão do Organismo de Controle Financeiro (CFCB) da Uefa. O clube sempre antecipou a necessidade de procurar um órgão independente para considerar imparcialmente o conjunto abrangente de evidências irrefutáveis em apoio à sua posição.
Em dezembro de 2018, o Investigador Chefe da Uefa (nota da redação: Yves Leterme) previa publicamente a sanção que ele desejava impôr ao clube, mesmo que nenhuma investigação tivesse se iniciado à época. O processo falho e constantemente vazado da Uefa que ele supervisionava deixava poucas dúvidas quanto ao resultado que ele anunciaria. O clube reclamou formalmente para o Comitê Disciplinatório da Uefa, reclamação esta que foi validada por uma decisão do CAS.
Dessa forma, este é um caso iniciado pela Uefa, conduzido pela Uefa e julgado pela Uefa. Com esse processo prejudicado encerrado, o clube vai agora perseguir um julgamento imparcial o mais rápido possível e vai, portanto, em primeira instância, tomar medidas na Corte Arbitral do Esporte na primeira oportunidade".
Atual segundo colocado do Campeonato Inglês, o Manchester City está na zona de classificação para a próxima edição da Liga dos Campeões. Com a decisão da Uefa, a tendência é que o quinto colocado da Premier League passe a fazer parte do grupo de classificados - posição ocupada hoje pelo Sheffield United.
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