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Por: AGROLINK -Leonardo Gottems
No Rio Grande do Sul o milho tem rodado com bons volumes entre R$ 46,00 e R$ 47,00/saca FOB, no mercado de lotes e entre R$ 41/43,00 para o produtos, talvez a menor diferença histórica entre estes dois mercados. O estado deverá ter um grande déficit entre 2,5 e 3,3 MT, o que mantém os preços elevados, podendo-se esperar a continuidade destes níveis para os próximos 10 meses.
De acordo com a T&F Consultoria Agroeconômica, em Santa Catarina o déficit é maior, chegando a 4,4 milhões de toneladas. Com isso os preços dos mercados de lotes acontecem entre R$ 50,00 (quase totalidade dos compradores) e R$ 51,00 no Alto Vale do Itajaí. Já os preços pagos aos agricultores também estão elevados, entre R$ 42,50 e R$ 44,00.
“Além das 90 mil toneladas de milho argentino já compradas (70 mil da JBS e 20 mil da Bunge) outras 200 mil tons estão em andamento para os próximos meses, além do que puder ser adquirido do Paraguai, do Paraná e do Mato Grosso do Sul nos próximos meses. Por enquanto, os compradores estão se abastecendo com milho local que está começando a ser colhido, além de lotes comprados no RS”, comentam os analistas da T&F.
No Paraná o mercado está bem regionalizado: compradores entre R$ 44.50/45.00 e vendedor de R$ 46/47.00 no Oeste do estado, com poucos negócios reportado no período. Fábricas de ração abastecidas. Já no Norte do estado foram negociadas cerca de 40.000 toneladas. Mercado sustentado pela demanda local.
“Os preços que haviam caído para faixa de R$ 44,00 voltam a patamares de R$ 45,00/46,00 em cima de oferta e demanda local. Algumas granjas maiores reportam estoques para março, porém abril poderemos ter nova alta de preços para os estoques remanescentes”, aponta a T&F.
No Mato Grosso do Sul foram negociadas nesta semana 20.000 toneladas no mercado spot, tudo para o mercado interno local, com preços até R$ 44 FOB Dourados; milho safrinha parado ofertas R$ 34,00 comprador R$ 32,00. Segundo o boletim da Granos Corretora, até o final da semana passada tinham sido plantados cerca de 3% do milho safrinha no estado, contra 5% na mesma semana do ano passado. Já a comercialização está em 19%,contra 25% do ano passado na mesma época.
Em Mato Grosso, maior produtor do país, os preços subiram cerca de 9,09% em Sorriso para R$ 42,00 e 2,50% em Tangará da Serra, para R$ 41,00. O tempo abriu em várias regiões de Mato Grosso e possibilitou a semeadura do milho avançar 16,45 p.p. na semana, totalizando 79,61% da área projetada para o plantio. O Imea divulgou a primeira perspectiva do custo de produção do milho de alta tecnologia referente à safra 20/21 para Mato Grosso. Assim, o custo operacional valorizou 0,75% quando comparado ao fechamento da safra 19/20, ficando estimado em R$ 2.720,90/ha.
Em Goiás o plantio de milho da safra 2020 já atingiu 22%, mas o percentual de comercialização já chegou a 47%. Para a safra 20/20 foram negociadas nesta semana 21.300 toneladas e para a safra 21/21 zero toneladas. Preços oscilaram entre R$ 43,00 em Cristalina e R$ 47,00 em Rio Verde.
Na Bahia os preços terminaram a semana ao redor de R$ 44,00, cerca de 2,22% a menos do que a semana anterior, motivo pelo qual os vendedores estiveram ausentes do mercado.
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