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quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020
Bovespa despenca 5% e dólar bate em R$ 4,44 sob impacto do Corpnavírus
G1
O mercado financeiro reage mal ao avanço da epidemia de coronavírus no mundo, com a confirmação do primeiro caso no Brasil, na reabertura dos negócios após o carnaval. Nesta quarta-feira, dia 26 de fevereiro, o principal índice da bolsa de valores brasileira, a B3, opera em forte queda, enquanto o dólar atingiu pela primeira vez o patamar de R$ 4,44. A principal preocupação é que o coronavírus impacte o desempenho da atividade global.
Às 13h07, o Ibovespa recuava 5,54%, a 107.385 pontos, na mínima da sessão.
Na última sexta-feira, a bolsa brasileira fechou em queda de 0,79%, a 113.681 pontos, acumulando queda de 0,07% no mês e de 1,70% no ano.
Tensão global
No exterior, os mercados foram fortemente abalados na segunda (24) e terça (25) em razão do avanço do coronavírus fora da China, com quedas entre 6% e 7% nas principais bolsas. Os ADRs (recibos de ações de empresas brasileiras negociados em Nova York) de empresas como Petrobras e Vale acumularam queda de mais de 8% nas duas últimas sessões.
As preocupações se elevaram nos últimos dias uma onda de novos casos foi do coronavírus ser reportada na Coréia do Sul, Irã e Itália, gerando paralisação de algumas atividades nos países.
Investidores temem os impactos do avanço do coronavírus no crescimento da economia global e diversas empresas alertaram que o surto afetará suas finanças, incluindo United Airlines, Mastercard, Danone e Diageo.
Os preços do petróleo caíam nesta quarta-feira abaixo de US$ 50 nos EUA, menor valor desde janeiro de 2019. Já o petróleo Brent era negociado abaixo de US$ 54.
Já os rendimentos a 10 e 30 anos dos títulos do Tesouro dos EUA caíram para níveis mínimos históricos enquanto outro porto-seguro, os títulos alemães também viram os títulos de 10 anos recuarem para mínimos de quatro meses, enquanto investidores buscam proteção contra o impacto do vírus no crescimento econômico.
Entre os analistas, crescem as apostas de mais medidas de estímulos e de cortes nas taxas de juros na Europa e no Estados Unidos para sustentar a economia.
"Historicamente, investidores compram títulos do governo americano em períodos de aumento de elevação de risco, fazendo subir seus preços e diminuir os juros embutidos nesses títulos. A curva de juros americana também já precifica novos cortes de juros pelo FED nas próximas reuniões", destacou a equipe da XP Investimentos.
Tensão dos mercados pelo mundo chega à Bolsa brasileira nesta quarta (26); entenda
Mercado reduz projeção para alta do PIB do Brasil
O mercado brasileiro reduziu para 2,20% a previsão a alta do PIB em 2020, segundo a pesquisa Focus do Banco Central, divulgada nesta quarta, mas diversos bancos e consultorias já estimam um crescimento de, no máximo, 2%.
Já a projeção do mercado para a taxa de câmbio no fim de 2020 subiu de R$ 4,10 para R$ 4,15 por dólar. Para o fechamento de 2021, subiu de R$ 4,11 para R$ 4,15 por dólar.
Por conta de fluxos elevados de capitais para mercados de menor risco, o dólar segue se valorizando frente a outras moedas, em especial moedas de países emergentes como o real.
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