sexta-feira, 23 de novembro de 2018

Suspeito de esfaquear irmã de Marielly é preso pela PRF em Dourados

                                          Foto:Divulgaçao
Hugleice foi detido enquanto seguia de carro pela BR-163

Por RENAN NUCCI

A Polícia Rodoviária Rodoviária Federal (PRF) prendeu na tarde de ontem, na BR-163, em Dourados, Hugleice da Silva, foragido depois de ter esfaqueado a esposa Mayara Barbosa na manhã de domingo, na residência do casal, na cidade de Rondonópolis (MT). O homem também responde pela morte da cunhada Marielly Barbosa Rodrigues, 19, irmã de Mayara.

Segundo nota, durante fiscalização de rotina, os policiais abordaram Fiat Palio ocupado por Hugleice, de 35 anos. Em vistoria, foi constatado que contra ele havia mandado de prisão em aberto e o homem acabou detido, sendo encaminhado à Polícia Civil. Contra ele havia também ordem de prisão por atraso no pagamento de pensão alimentícia.

Na segunda-feira, durante coletiva de imprensa, o advogado José Roberto Rodrigues da Rosa, alegou que negociava com as autoridades de Mato Grosso do a apresentação de Hugleice, que havia fugido após o crime. O objetivo era apresentá-lo e tentar evitar prisão por meio de habeas corpus. A reportagem encontrou em contato com o advogado, mas ele não atendeu às ligações.

Conforme noticiado, o homem teria encontrado suposta troca de mensagens íntimas de Mayara com outro homem, motivo pelo qual, segundo a defesa, teria se enfurecido e a esfaqueado no pescoço. Testemunhas alegaram que ele chegou a amarrá-la, mas a defesa nega. "Ao que tudo indica, ele teria reagido de forma violenta, depois de descobrir a traição da esposa, que até então era seu porto seguro", explicou o delegado na coletiva.

MORTE DE MARIELLY

Sete anos atrás, Marielly Rodrigues morreu durante um aborto malsucedido, que, segundo relatos de Hugleice e provas da investigação, foi feito por Jodimar Ximenez Gomes, na casa dele, em Sidrolândia. A morte aconteceu no dia 21 de maio, data em que ela foi vista pela última vez pela mãe, que mobilizou parentes, amigos, vizinhos, políticos e a opinião pública para encontrar a filha.

O corpo da universitária foi encontrado em 11 de junho em um matagal de Sidrolândia, em estado de decomposição. Em julho foi decretada a prisão de Hugleice, que até então negava qualquer envolvimento com o caso, e de Gomes, que continua a alegar inocência.Após dois dias na prisão, Silva, que é casado com a irmã de Marielly, confessou que teve relação sexual com a cunhada, que a levou para fazer aborto na casa de Gomes, para quem pagou R$ 500.

Silva relatou ainda que enquanto esperava a jovem, o enfermeiro contou sobre a morte e então os dois colocaram o corpo da jovem na caminhonete dele e o deixaram no matagal. A Justiça concedeu liberdade a Hugleice ainda em setembro daquele ano. Ambos ainda aguardam o julgamento do caso.

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