sexta-feira, 30 de novembro de 2018

Bolsonaro parabeniza Lava Jato por prisão de Pezão

FolhaPress

Jair Bolsonaro (PSL) parabenizou na tarde desta quinta-feira (29) a força tarefa da Lava Jato pela prisão do governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (MDB). Ele também congratulou a Polícia Federal e o Ministério Público Federal pelas ações de combate a corrupção no país.

O presidente eleito afirmou que, a partir de janeiro, quando assumirá a presidência do país, e quando Sérgio Moro assumirá o ministério da Justiça e Segurança Pública, as ações contra suspeitos de corrupção irão se intensificar.

Bolsonaro falou brevemente a jornalistas após participar de uma cerimônia na vila militar. Na praia da Barra da Tijuca, zona oeste, o presidente eleito respondeu a algumas perguntas da imprensa.

"A Lava Jato está aí. Parabéns à Polícia Federal e ao Ministério Público [Federal] por estarem realmente lutando contra a corrupção no Brasil. E vai ficar pior para os corruptos a partir do ano que vem quando nós assumirmos e com Moro tendo carta branca dentro do Ministério da Justiça."

Em 2014, Jair Bolsonaro  declarou voto em Luiz Fernando Pezão para governador, registrou reportagem do UOL. "[O Francisco Dornelles] É um contrapeso que pesa. Pezão me ligou, já conversei algumas vezes com ele, vou apoiá-lo. Acredito que fará um governo equilibrado", disse na época. Questionado pela imprensa sobre o apoio do passado, Bolsonaro minimizou.

"Qual o problema, rapaz?", questionou. "Até casamento dá errado. Por que uma política não pode dar? Lamentamos o episódio [da prisão do atual governador]. Lamento que a política do Brasil e do Rio de Janeiro tenham enveredado por esse lado da corrupção. Quem cometeu esses erros que pague o preço agora", disse.

Internautas têm distribuído uma imagem no Twitter com suposta postagem de Bolsonaro em campanha para a reeleição de Pezão. "O povo do Rio deve dar uma chance a Pezão como governador para ele dar continuidade aos investimentos iniciados por Cabral", diz o tuíte.

A imagem é falsa. Em outubro de 2014, o Twitter permitia publicações com até 140 caracteres, o tuíte compartilhado tem um texto com 254 caracteres.

Com o afastamento de Pezão, quem agora assume o Palácio Guanabara é o seu vice, Francisco Dornelles (PP), o homem que motivou o voto de Bolsonaro.

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