segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Museu de Congonhas será inaugurado amanhã

Portal Brasil

Instalado em um edifício de 3.452,30 metros quadrados, o Museu de Congonhas (MG), um dos mais importantes projetos de preservação da memória do País, será inaugurado no próximo dia 15, pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

O Museu foi construído ao lado do Santuário do Bom Jesus de Matosinhos, sítio histórico que tem o título de Patrimônio Cultural Mundial desde 1985. A instituição, projetada pelo arquiteto Gustavo Penna, tem sala de exposições, biblioteca, auditório, ateliê, espaço educativo, cafeteria, anfiteatro ao ar livre e áreas administrativas.

Para a presidenta do Iphan, Jurema Machado, o museu confirma a determinação do governo federal em investir no Patrimônio Cultural Brasileiro. "São investimentos contínuos, por mais de uma década, que tiveram início com o Programa Monumenta, um trabalho que evoluiu até chegar aos moldes atuais do PAC Cidades Históricas e que proporcionam ao País espaços culturais de qualidade, como este que inauguramos agora."

O Santuário do Bom Jesus de Matosinhos, para onde o Museu dedica a sua principal atenção, está localizado no Morro Maranhão, na zona urbana de Congonhas. A sua construção teve início em 1757 e se estendeu até o começo do século XIX. Trata-se de um conjunto arquitetônico e paisagístico formado pela Basílica, escadaria em terraços decorada por esculturas dos 12 profetas em pedra-sabão e seis capelas com cenas da Via Sacra, contendo 64 esculturas em cedro em tamanho natural. No conjunto trabalharam os artistas de maior destaque do período, como o escultor Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho (1738-1814), e o pintor Manoel da Costa Athaíde (1760-1830).

O monumento possui ainda uma Sala de Milagres, que abriga uma coletânea de ex-votos, objetos oferecidos em agradecimento por graças alcançadas. Ali está exposta a notável coleção de 89 ex-votos pintados, datados dos séculos XVIII ao XXI. O Santuário, além do seu valor artístico, é também um importante centro de peregrinação. A grande romaria – o Jubileu – acontece todos os anos, entre 7 e 14 de setembro, congregando uma multidão de fiéis.

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