quinta-feira, 14 de novembro de 2024

IBC-Br: Prévia do PIB cresce 0,84% em setembro, acima das expectativas

 



O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), indicador considerado prévia do Produto Interno Bruto (PIB), cresceu 0,84% em setembro em relação a agosto, após uma alta de 0,2% no oitavo mês do ano. O dado foi divulgado pelo Banco Central (BC) nesta quinta-feira.


O resultado registrado ficou acima das expectativas projetadas pelo Valor Data, que previa uma mediana de aceleração de 0,6%. Em relação ao mesmo mês do ano passado, o índice subiu 5,1%, enquanto o mercado previa aumento de 4,5%.


No acumulado de 12 meses até setembro, o crescimento foi de 2,97%, enquanto nos nove meses de 2024 houve um crescimento de 3,3%.


O IBC-Br leva em consideração informações sobre o nível de atividade de indústria, comércio e serviços, e agropecuária, além do volume de impostos. Divulgado todo o mês, o indicador realizado pelo Banco Central mede a evolução da atividade econômica e auxilia a autoridade monetária em decisões, como possíveis alterações na taxa básica de juros, a Selic.


Já no trimestre encerrado no mês de setembro, foi registrado uma alta de 1,1% em relação ao trimestre anterior. Em comparação com o mesmo trimestre do ano passado, o crescimento foi de 4,7%.


Para a equipe de análise macroeconômica da Genial Investimentos, o indicador “reforça a percepção de resiliência da atividade econômica mesmo diante de um cenário marcado por uma política monetária contracionista”.


A soma de outros índices, como de atividade da indústria, comércio e serviços, é vista pela gestora como fatores que corroboram a percepção de sustentação de um ritmo de crescimento ainda elevado para a economia, de modo que a desaceleração projetada deve ser mais lenta do que a antecipada pelo mercado.


O ritmo da atividade real tende a continuar se beneficiando de estímulos fiscais, aumentos nos salários e crescimento sólido da renda real das famílias, diz o economista-chefe para América Latina do Goldman Sachs Alberto Ramos. Mas esse ritmo pode ser “parcialmente compensado” por conta do aperto monetário e incertezas em relação à política fiscal


Por 

 — Rio de Janeiro

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