Foto: Abiove
Além disso, o mercado de óleo de soja passou por correções
A soja negociada na Bolsa de Chicago (CBOT) encerrou a terça-feira em baixa, impactada pelo avanço da safra brasileira e por ajustes nas cotações de óleos. Segundo a TF Agroeconômica, o contrato de soja para novembro de 2024, referência para a safra brasileira, registrou queda de 0,82%, com recuo de 8,25 cents/bushel, fechando a $ 1003,50. Já o contrato de janeiro de 2025 teve baixa de 1,15%, encerrando a $ 1010,50. O farelo de soja para dezembro caiu 0,75%, finalizando a $ 292,9 por tonelada curta, enquanto o óleo de soja também recuou, com uma desvalorização expressiva de 3,97%, fechando a $ 46,23 por libra-peso.
A análise da TF Agroeconômica explica que as cotações da oleaginosa iniciaram uma série de correções após picos de alta pontuais observados no mês anterior. Entre os fatores que influenciaram essa correção estão os avanços no plantio brasileiro. A semeadura, que começou atrasada em diversas regiões do país, já cobre 66,1% da área projetada, um salto em relação aos 53,3% da semana passada e acima da média de 57,3% do ano anterior. Nos doze estados monitorados pela Conab, não há mais atrasos comparados a 2023, reduzindo as expectativas de ajustes na projeção da supersafra.
Além disso, o mercado de óleo de soja passou por correções, influenciado pela valorização de concorrentes, como o óleo de palma na Malásia, e incertezas no cenário político dos EUA. A nomeação de Lee Zeldin para a Agência de Proteção Ambiental dos EUA trouxe expectativas sobre o desenvolvimento de biocombustíveis, que têm absorvido grande parte do milho e da soja americanos.
As exportações de soja dos EUA permaneceram representativas, com redução semanal de apenas 1,30%. A China respondeu por 56% das exportações totais, e o mercado está atento a qualquer sinal de demanda chinesa até a posse do novo governo americano em janeiro, que pode influenciar ainda mais o mercado global da oleaginosa.
Agrolink - Leonardo Gottems
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