sexta-feira, 3 de setembro de 2021

Pelo 2º ano, Campo Grande não terá desfile cívico de 7 de Setembro

 

Jornal Midiamax


Com histórico de reunir milhares de pessoas no Centro de Campo Grande, o tradicional desfile cívico de 7 de setembro não acontecerá pelo 2º ano consecutivo na Capital. Ainda devido às restrições da pandemia da Covid-19, a possibilidade do evento voltar a acontecer fica para o próximo ano.


Assim como o desfile de Aniversário de 122 anos de Campo Grande, o do Dia da Independência do Brasil 'passará em branco'. Conforme informou a assessoria de comunicação do Governo Estadual, não há nada programado para a próxima terça-feira (7).


Em 2020, o Ministério de Estado e Defesa publicou no Diário Oficial da União a recomendação para a suspensão de atividades alusivas ao dia 7 de Setembro. O último desfile cívico de Independência aconteceu em 2019, quando atraiu diversos moradores para acompanhar as festividades. 


Em 2018, o evento atraiu mais de 40 mil pessoas para o Centro da Capital, onde se distribuíram nas arquibancadas instaladas na Rua 14 de Julho. 


Apenas manifestações

O dia da Independência será marcado por protestos contra o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e também a favor. Em Mato Grosso do Sul, está marcado o 'Grito dos Excluídos', que chega a 27ª edição e será realizado em Campo Grande e Dourados.


O ato no próximo dia 7 de setembro está sendo convocado por mais de 30 organizações entre movimentos sociais, sindicatos, entidades da juventude e pastorais dedicadas a questões sociais. Neste ano, o tema do evento é a “luta por participação popular, saúde, comida, moradia, trabalho e renda”.


Conforme os organizadores do evento, haverá protesto contra o presidente Jair Bolsonaro pela condução do governo durante a pandemia da covid, pelo posicionamento em relação aos povos indígenas e quilombolas e contra a Reforma da Previdência. 


Para um dos líderes do movimento, Jaime Teixeira, presidente da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul), a manifestação já é tradição em MS. "Este é o 27º ano em que é realizado. Temos a participação da igreja católica, movimento sem terra, da juventude. É um ato cívico e que coloca todas as pautas dos movimentos sociais", disse.


Em Campo Grande, a concentração será na Praça Ari Coelho, às 15h. O ato deve percorrer as ruas 14 de Julho, Antônio Maria Coelho e Pedro Celestino, com encerramento na Praça do Rádio, onde está programada uma celebração ecumênica. Em Dourados, o Grito dos Excluídos será às 14h30 no Parque Antenor Martins.


A favor de Bolsonaro

Às 10h, o movimento Endireita MS organiza manifestantes para se reunirem na Praça do Rádio Clube. De acordo com um dos organizadores, Rafael Tavares, a expectativa é que seja a maior manifestação da história do Brasil.


Haverá carreata, motociata, bicicleata e protestos na Praça do Rádio Clube, região central da cidade. 


De acordo com Tavares, a pauta principal é a defesa da liberdade. “O ministro Alexandre de Moraes rasgou a Constituição e deve ser julgado pelo Senado Federal. A pressão é toda em cima do Rodrigo Pacheco, que tem por obrigação colocar o pedido de impeachment para ser votado”.

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