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sexta-feira, 1 de junho de 2018
Simone Tebet propõe redistribuição da carga tributária nacional
De Brasilia Foto:Divulgação
A senadora Simone Tebet, líder do MDB, sugeriu que, já na próxima semana, se coloque na pauta do Senado projetos mais afinados com a demanda da sociedade, como matérias que tratem da redistribuição da carga tributária.
Ela criticou o Senado por não ter votado a tempo a MP 806/2017 que alterava a tributação de fundos exclusivos de investimento, deixando a medida perder a eficácia. “Se os fundos privados fossem taxados, teriam gerado aos cofres públicos cerca de R$ 10 bilhões por ano. Exatamente o valor necessário para cobrir a redução de R$ 0,46 sobre o litro do diesel”, comentou.
Na terça-feira, o Senado aprovou a reoneração da folha de pagamento de 28 setores da economia para bancar o barateamento do combustível e compensar gastos da União com promessas feitas aos caminhoneiros. “Precisamos fazer uma reflexão para, sem aumentar impostos, sem penalizar ainda mais a classe produtora, comerciantes e empresários, encontrarmos saídas e realmente fazer justiça tributária no País”, disse, em discurso no Plenário na quinta-feira (30).
Para ela, a classe política não está ouvindo as ruas. “Como dizia a canção de Tom Jobim, ‘É pau, é pedra, é o fim do caminho’. É assim que se vê a sociedade”. Simone pondera que, além da reformulação da carga tributária, o povo quer ver o uso eficiente de recursos e a redução do tamanho do Estado. Questiona a corrupção, a má gestão, a falta de saúde, educação e segurança e, assim, critica toda a classe política. “Tirar privilégios de todos, dos políticos, do Judiciário, do Executivo. É isso que a população quer ouvir da nossa boca”, disse.
Greve caminhoneiros
A senadora analisou que por trás do grande apoio popular às reivindicações legítimas dos caminhoneiros está um sentimento de “basta”, de insatisfação geral. “Não foi a greve que parou o Brasil. Quem parou o Brasil foi a política. Não podemos nos esquecer que as reivindicações continuam, como diminuir a carga tributária da gasolina e do etanol. Além disso, outras classes já falam em paralisação. Precisamos dar respostas”, disse.
Ditadura não é solução
Simone também fez um apelo aos caminhoneiros que mantém o movimento: “Agora é hora de parar para não prejudicar ainda mais a população que apoiou as justas reivindicações. Sem radicalismos, sem intervenção militar. Ditadura não é nunca a solução num país democrático”, disse ressaltando que estamos a apenas quatro meses das eleições gerais.
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