segunda-feira, 4 de abril de 2016

Dilma exonera presidente da Embratur, nomeado por Temer



A presidente Dilma Rousseff exonerou Vinícius Renê Lummertz Silva, presidente da Embratur, autarquia ligada ao Ministério do Turismo responsável pela promoção das atividades turísticas no país. Lummertz havia sido nomeado em maio do ano passado, pelo vice-presidente da República, Michel Temer.

Com a saída do PMDB da base do governo, oficializada na semana passada, a presidente Dilma iniciou uma substituição dos cargos que eram ocupados pelo partido nos escalões do governo.

Nos últimos dias, por exemplo, a presidente exonerou o diretor-geral do Departamento Nacional de Obras contra a Seca (Denocs), o diretor Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e um vice-presidente da Caixa Econômica Federal, todos indicados pelo PMDB.

Rearranjo
O PMDB passou 13 anos como aliado do Palácio do Planalto, desde o período do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O desembarque da última semana coincide com o momento em que um pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff tramita na Câmara.

Os seis ministros que o partido tem na Esplanada, no entanto, manifestaram que não vão sair do governo, ao contrário da orientação da sigla.

Na terça-feira (29), quando anunciou o rompimento do partido com o governo, o vice-presidente do PMDB, Romero Jucá, afirmou que a partir daquele dia ninguém no país estava mais autorizado a "exercer qualquer cargo federal em nome do PMDB".

O governo reagiu e disse que aproveitaria a oportunidade para fazer um rearranjo na base aliada e fortalecer os votos contrários ao impeachment. Cargos que eram ocupados pelo PMDB serão redistribuídos para outros partidos que continuarem ao lado da presidente.

As principais ofertas de cargos por parte do governo devem ser feitas para PR, PP e PSD, que integram a base do governo, mas que oficialmente ainda não se decidiram se permanecem ou não com Dilma após a saída do PMDB.

O governo negocia, além dos ministérios, os cargos de 2º e 3º escalão, incluindo presidência de estatal, e que vão servir também para acomodar pequenos partidos. E petistas não descartam abrir mão do próprio espaço do PT se for preciso, para salvar a presidente Dilma.

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