quarta-feira, 27 de abril de 2016

Bustos de Marçal de Souza e Marta Guarani são inaugurados no Parque das Nações Indígenas


 Como parte da programação da Semana Estadual dos Povos Indígenas 2016, foram inaugurados na manhã de ontem (26) os bustos de Marçal de Souza e Marta Guarani, no Parque das Nações Indígenas. Estiveram presentes Edna de Souza, filha de Marçal; Susiê Guarani, filha de Marta, e Valquíria, Eder e Marlene Parlagreco, filhos e esposa do falecido escultor Paulo Rubens Parlagreco, autor dos bustos.

Marçal de Souza, o Tupã-Y (pequeno Deus), foi defensor incansável dos povos nativos brasileiros e sul-americanos e um dos líderes precursores das lutas dos guaranis pela recuperação e pelo reconhecimento de seus territórios ancestrais em Mato Grosso do Sul e estados vizinhos. Foi também um dos criadores do movimento indígena brasileiro, tendo sido um dos fundadores e participado da primeira diretoria da União das Nações Indígenas.

Marta da Silva Vito (Marta Guarani) nasceu em 29 de julho de 1942 na aldeia Jaguapiru, em Dourados. As principais lutas giraram em torno da demarcação de terras indígenas, do reconhecimento da dignidade do povo indígena e do combate à opressão de índios e índias. Mudou-se para Campo Grande em 1975 e conseguiu feitos importantes, como a criação da Delegacia Regional da Funai em Amambaí e a fundação da Associação Kaguateca, buscando a unificação dos povos indígenas do Mato Grosso do Sul e o agrupamento das nações Kadiwéu, Guarani, Terena e Caiuá.

Paulo Rubens Parlagreco nasceu em 10 de dezembro de 1944, onde viveu até 1989, quando então, se transferiu para a cidade de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, vindo a falecer em fevereiro deste ano. Vem de família de artistas: filho do desenhista e arquiteto Rubens Parlagreco, sobrinho do pintor e escultor Francisco Parlagreco, neto do pintor Salvatore Parlagreco, sobrinho-neto do pintor Beneamino Parlagreco e do poeta Carlo Parlagreco. Por parte de mãe, é neto do poeta Manoel Rodrigues da Cunha.

Realizou sua formação profissional na Escola Paulista de Belas Artes (EPBA), e nos últimos anos de sua vida dedicou-se a uma produção com procedimento estético diferenciado em escultura, relacionando questões históricas e sociais da cultura brasileira.

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