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Presidente da Câmara disse que não lançou candidatura para negociar dobradinha com Alckmin
Em seu primeiro evento oficial da pré-candidatura à Presidência da República, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse na quinta-feira (15) à noite que não está se lançando ao Palácio do Planalto para negociar a vaga de vice na chapa de Geraldo Alckmin (PSDB-SP), seu atual adversário.
“Dizem ‘ele está jogando para negociar’. A candidatura à vice-presidência do PSDB eu tenho quase certeza que hoje seria nossa. A garantia do apoio para presidente da Câmara eu acho que não seria uma coisa muito difícil hoje. Então, por que eu estou querendo negociar se eu estou me colocando como pré-candidato?”, disse Maia, para uma plateia de empresários e políticos paraibanos.
Em um restaurante italiano em João Pessoa, Maia falou para cerca de 50 pessoas, entre as quais o líder do governo Michel Temer na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB). Ribeiro justificou sua presença como representante da bancada paraibana. “Rodrigo se apresenta como opção que, sem dúvida nenhuma, merece ser refletida por todos os brasileiros”, afirmou Ribeiro.
Embora Maia tenha dito que disputará com Temer até o fim, caso o emedebista tente a reeleição, o Palácio do Planalto ainda não definiu quem será seu candidato, e o nome de Maia não foi descartado.
Na única declaração mais crítica ao governo, o presidente da Câmara disse ter questionado a Fazenda sobre quanto seria colocado na intervenção federal no Rio de Janeiro e não obteve resposta. O Ministério da Fazenda é comandado por Henrique Meirelles, que também tenta viabilizar sua candidatura à Presidência da República com apoio do governo.
Respostas. Depois de ser alvo de protesto ao presidir sessão solene na Câmara em homenagem a Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Pedro Gomes, mortos na última quarta-feira, no Rio de Janeiro, Maia iniciou a sua fala dizendo esperar respostas rápidas para o crime.
Em pouco mais de 24 minutos de discurso, ele defendeu a revisão do gasto público e da burocracia do Estado e falou da necessidade de garantir segurança jurídica aos empresários.
Aos paraibanos, Maia falou pela primeira vez de sua proposta de um projeto para complementar o Bolsa Família. A ideia é remunerar beneficiados pelo Bolsa Família pela mobilidade social e educacional.
Maia seguiria de jatinho nessa sexta-feira (16) para Catolé do Rocha, cidade de seu bisavô paterno. O município fica a 414 km da capital e tem 30 mil habitantes. Governada por primos de Maia, a cidade tinha, em 2015, apenas 12,7% de sua população ocupada, segundo os dados mais recentes do IBGE.
Apoio. Apesar do domínio da família Maia, Catolé do Rocha segue a tradição nordestina de apoiar o PT. Nas últimas quatro eleições presidenciais, Lula e Dilma venceram no município.
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