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quarta-feira, 28 de março de 2018
Acusado de enriquecimento ilícito, Giroto tenta desbloquear R$ 6,5 mi na Justiça
Foto;Midiamax
Acusado de enriquecimento ilícito, o ex-deputado federal e ex-secretário de Obras no governo de André Puccinelli (MDB), Edson Giroto (PR), deu início a uma ofensiva na tentativa de repatriar para suas contas bancárias R$ 6,5 milhões que foram bloqueados por decisão do juiz David de Oliveira Gomes Filho, da 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos, na terça-feira (27).
De acordo com o portal G1 MS, os fatos relacionados ao enriquecimento ilícito foram investigados durante a Operação Lama Asfáltica.
A defesa de Giroto informou que todos os valores apresentados pelo Ministério Público serão contestados e que Giroto tinha recursos suficientes para adquirir os bens citados.
O valor definido desconsiderou as correções monetárias e sem levar em conta futura ampliação dos valores com a sobrevinda de multa civil. O valor acrescido ilicitamente pelo agente público corresponde a soma das quantias descobertas no respectivos Imposto de Renda.
Conforme o pedido do MPE-MS (Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul), Giroto gastou R$ 2.800.101,28 sem declarar à Receita na construção da casa dele em residencial de luxo em Campo Grande.
Ao todo, o imóvel custou R$ 4.219.259,14, muito maior do valor de R$ 1.419.157,86, declarado por Giroto no Importo de Renda do ano-calendário 2015. A diferença ficou comprovada com a movimentação financeira da construtora responsável pela obra.
Além disso, o ex-secretário adquiriu duas propriedades rurais com Mariane Mariano – apontada como “laranja” do pai, o engenheiro da Agesul Wilson Alberto Mariano, Beto Mariano - e o ex-coordenador da Agesul (Agência de Gestão de Empreendimentos), João Jorge Afif.
A parte da Fazenda Maravilha, localizada no município de Corumbá, região do Pantanal sul-mato-grossense, correspondente a Giroto foi adquirida por R$1.461.729,67. Já o terço da Fazenda Vista Alegre, em Rio Negro (MS), custou R$ 432.500.
O ex-secretário também comprou a Aeronave Piper Cheyenne I por R$ 1.900.000, em 2016, em nome de uma empresa de João Amorim e a secretária Elza Cristina. De acordo com o MP, a propriedade do avião ficou claro pelas negociações de compra.
O juiz considerou que o “então Secretário Estadual de Obras e de Transportes, coordenava as condutas praticadas dentro da Agesul, circunstância esta que teria resultado no pagamento superfaturado de valores a algumas empresas, com posterior retorno em propina aos agentes públicos envolvidos”.
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