quinta-feira, 8 de março de 2018

Estreia ; 15H17: TREM PARA PARIS


- Usar como atores os protagonistas de uma ação heróica real, ocorrida a bordo de um trem entre Amsterdã e Paris em 2015, é, ao mesmo tempo, o grande trunfo e a maior fragilidade do novo filme de Clint Eastwood, “15h17 – Trem para Paris”.

A vantagem está nesta evidente naturalidade de Spencer Stone, Alek Skarlatos e Anthony Sadler ao viverem os próprios papéis, de três jovens californianos, amigos desde a infância e levando, até o incidente, uma existência muito corriqueira. A fragilidade está no fato de que Eastwood nunca tenta torná-los mais transparentes à nossa visão de espectadores, explorando mais profundamente suas motivações e sua vida interior.


Partindo de um livro escrito pelo trio ao lado do jornalista Jeffrey E. Stern, a roteirista Dorothy Blyskal limita-se a uma visita bastante burocrática à vida pregressa dos três.

Ironicamente, tendo em vista o sólido currículo de Eastwood, o ataque no trem, onde os amigos, dois deles soldados, impediram o massacre de dezenas de passageiros dominando um agressor fortemente armado (Ray Corasani), é mostrado de maneira bastante anticlimática.

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