quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

TRF mantém preventiva de acusados de estelionato


Jornal Correio do Estado      Foto:Alvaro Rezende
A partir da Capital, grupo teria feito mais de 25 mil vítimas no País

O Tribunal Regional Federal da 3ª Região (Mato Grosso do Sul/São Paulo) negou liminar em habeas corpus e manteve a prisão preventiva de Celso Eder Gonzaga de Araújo e Anderson Flores de Araújo.

Eles foram presos pela Polícia Federal em Campo Grande, no mês passado, acusados de um esquema que, atuando na forma de instituição financeira clandestina, vinha aplicando golpes para induzir investimentos em suposta compra de ouro, com a finalidade de obter lucros exorbitantes. Mais de 25 mil pessoas teriam sido vítimas da fraude.

Inicialmente, os dois foram detidos em prisão temporária (cinco dias), transformada em prisão preventiva. Diante disso, eles impetraram ordem de habeas corpus no TRF3.

A desembargadora federal Consuelo Yoshida entendeu que não há elementos suficientes para a revogação da prisão.

Segundo ela, na verdade, “há sérios indícios de oferta de investimentos sem aparente garantia ou lastro econômico, perpetrada, entre outros modus operandi, pela oferta de lucro fácil mediante a celebração de contratos de doação de montantes expressivos dos investidores, tendo como contrapartida, unicamente, o pagamento de ‘custos operacionais’ para repartição de uma suposta comissão obtida com a negociação de toneladas de ouro, ou para a liberação de uma antiga Letra do Tesouro Nacional”.

No dia 21 de novembro, a Polícia Federal saiu às ruas para realizar a Operação Ouro de Ofir, visando desmantelar quadrilha que estaria operando a partir de Campo Grande.

Conforme a PF, o principal alvo foi Celso Eder Gonzaga de Araújo, gerente da empresa Company Consultoria Empresarial Eireli, localizada no Jardim São Francisco, em Campo Grande, que acabou preso. Também houve cumprimento de mandados em Terenos, Goiânia (GO) e Brasília (DF). Foram apreendidos R$ 1 milhão e 200 quilos de pedras preciosas.

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