quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

Estreia: O Rei do Show



- Indicado a três Globos de Ouro – melhor filme (comédia/musical), melhor ator de comédia/musical (Hugh Jackman) e melhor canção original (“This is me”), o musical dirigido por Michael Gracey é um programa na justa medida para as festas de final de ano. O roteiro, assinado por Jenny Bicks e Bil Condon (diretor do mais recente “A Bela e a Fera”, também um musical), retrata a ascensão de um homem nascido pobre, P.T. Barnum (Hugh Jackman), que encontra seu talento natural como empresário de entretenimento, no final do século XIX.

Sua grande ideia está na invenção de um circo de curiosidades, em que as atrações são pessoas tidas como “exóticas”, com números protagonizados por, entre outros, um anão, o Pequeno Polegar (Sam Humphrey), uma mulher barbada, Lettie (Keala Settle), esta uma excepcional cantora. A ideia arriscada torna-se um sucesso, permitindo a Barnum cumprir a promessa de dar uma vida confortável à sua amada, Charity (Michelle Williams), que abandonou uma família rica para viver com ele.

Os números musicais são de primeira classe, permitindo não só narrar a história de um personagem ambíguo como Barnum – cuja sede de aceitação no círculo mais rico pode pôr a perder sua felicidade familiar – como genuinamente entreter em momentos que detalham a saga de outros personagens. Um dos mais bonitos envolve a acrobata Anne (Zendaya) e o novo sócio de Barnum, Philip Carlyle (Zac Efron), ao som da canção “Rewrite the Stars”.

Momentos como as conversas do empresário Barnum com um crítico de teatro enfezado permitem ao filme igualmente discutir um pouco de ética do espetáculo ao mesmo tempo que injetar uma discussão sobre a necessidade de tolerância em relação às diferenças. Em tempo: o filme circula em pré-estreias pagas desde esta quinta (21) e entra em cartaz oficialmente na segunda de Natal (25).

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