segunda-feira, 7 de agosto de 2017

Superlotação na Santa Casa de Campo Grande é uma farsa



Jornal Correio do Estado            Foto;Divulgação

Com portões fechados desde a noite de quarta-feira, 2 de agosto, o pronto-socorro da Santa Casa de Campo Grande continua sem receber pacientes.

No entanto, macas vazias estocadas no local e corredores sem nenhum paciente mostram que a superlotação alegada pela direção do hospital já não existe mais, é uma farsa.

A situação motivou o prefeito Marcos Trad (PSD) a buscar auxílio do Ministério Público Federal (MPF) para verificar possível intervenção na Santa Casa. O órgão federal será procurado nesta segunda-feira.

Na Câmara de Vereadores, Chiquinho Teles, do mesmo partido, vai protocolar amanhã pedido de abertura de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as contas da unidade hospitalar.

Até o momento, o fechamento já provocou aumento de serviços no Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian (Humap), da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), e a detenção de dois porteiros da Santa Casa pelo Corpo de Bombeiros na noite de sábado, quando até mesmo os militares identificaram muitos leitos vazios no local.

Ontem, em agenda pública, o prefeito afirmou que “nós vamos conversar diretamente com o MPF, eles fazem parte da gestão, para que analisem se há necessidade ou não dessa intervenção”, afirmou, justificando que o fechamento do PS indica que a Santa Casa “não tem mais condições” de administrar o local.

O fechamento do pronto-socorro da Santa Casa é válido somente para pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), responsáveis por mais de 80% da demanda do hospital. O acesso de quem puder arcar com consulta particular, ou for cliente de convênios, ocorre normalmente.

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