quinta-feira, 28 de julho de 2016

Spielberg mistura melancolia e humor em ‘O Bom Gigante Amigo’

Raquel Carneiro/Veja


Uma órfã solitária e com insônia avista o que não deve e é sequestrada no meio da noite por um gigante. Ele a leva para uma terra distante e sombria. Lá, a criança descobre que o estranho ser que a roubou é mais amigável do que parece e tão solitário quanto ela. Uma amizade nasce pela mútua necessidade de companhia e proteção. Ele a livra de outros gigantes que comem crianças, e ela o conduz em um processo de autodescoberta.

A trama que mistura uma dose de melancolia e outra de magia, marinadas com uma pitada de humor, chega aos cinemas nesta quinta-feira sob a assinatura do experiente Steven Spielberg, que ao longo de sua carreira transitou entre suspense, ficção científica, drama de guerra e o universo infantil. Foi neste último campo que ele fez uma de suas mais importantes obras, E.T. – O Extraterrestre, lançado em 1982, mesmo ano em que Roald Dahl publicou O BGA: O Bom Gigante Amigo (Editora 34).

Dahl é autor de diversas tramas levadas para o cinema, como Charlie e a Fábrica de Chocolate, inspiração para os filmes A Fantástica Fábrica de Chocolates (de 1971 e 2005); O Fantástico Sr. Raposo, que deu origem à animação de mesmo nome de 2009; e Matilda, do filme homônimo lançado em 1996. Na maioria dos títulos, crianças muito espertas são inseridas em um mundo por vezes assustador, de seres ambíguos e desfecho feliz.

O Bom Gigante Amigo não é diferente. Mas parece bem mais interessante na literatura do que no cinema. Spielberg fez da produção um longa doce e amável, mas demasiadamente lento para o público infantil, e muito infantil para o espectador adulto

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