terça-feira, 14 de junho de 2016

Polícia Federal, PM, PRF, PRE e DOF se reuniram para traçar estratégias em Caarapó

Correio do Estado

Equipes das Polícias Federal, Militar, Rodoviária Federal e Estadual e Departamento de Operações de Fronteira (DOF) se reuniram no comando da Polícia Militar em Caarapó para discutir estratégias e ações a serem tomadas na Fazenda Ivu, onde houve confronto entre produtores rurais e indígenas hoje. Uma pessoa morreu e outras sete ficaram feridas.

Polícia Federal já está na região e atua com outras forças policiais para evitar novos confrontos. Clima na região é tenso e indígenas não descartam novos conflitos. Cacique Lorivaldo Nantes, da aldeia Tey Kue, que faz divisa com a área invadida, disse que grupo de cerca de 7 mil indígenas estão se organizando para ir até a fazenda enterrar o corpo do agente de saúde Clodiode Aquileu Rodrigues de Souza, morto a tiros no local.

Ainda segundo informações da Polícia Militar, todo o efetivo, incluindo militares que estavam de folga, foram chamados para ajudar no trabalho de policiamento. Batalhão de Choque da PM de Campo Grande também está de prontidão para intervenção, caso seja necessário.

Segundo a Polícia Civil, grupo de indígenas ocupou a fazenda no último domingo. Proprietária registrou boletim de ocorrência dizendo ter sido impedida de entrar no local. Funcionários que tomavam conta do local fugiram quando os índios chegaram.

Na manhã de hoje, grupo de fazendeiros foi até o local tentar retomar a área e houve o confronto.

Conforme Lorivaldo, os guarani kaiowá reivindicam a terra, que seria tradicional indígena e estaria em fase de homologação. Ele afirma ainda que apesar de armados com arco e flecha, índios fizeram ocupação pacífica.

Foram encaminhadas ao Hospital Beneficente São Matheus as vítimas indígenas Jesus de Souza, Libersio Marques Daniel, Catalina Rodrigues de Souza, Valdilio Garcia e uma criança e outra pessoa que não teve identidade divulgada. Cinco foram transferidas para o Hospital da Vida em Dourados.

As outras três vítimas são policiais militares que foram feitos reféns e agredidos pelos indígenas durante auxílio ao Corpo de Bombeiros no trabalho de resgate. Eles já receberam alta, segundo a PM.

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