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Desvalorização do real frente ao dólar tem sido fator determinante
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) manteve estáveis as projeções de suprimentos para a safra 2023/2024, com exceção do milho. No 11º levantamento divulgado pela Companhia, a estimativa de exportação do cereal foi revisada para cima, com um aumento de 2,5 milhões de toneladas. Esse ajuste reflete o impacto da recente desvalorização da moeda brasileira, que tem aquecido as vendas do milho no mercado externo.
A desvalorização do real frente ao dólar tem sido um fator determinante para o aumento da competitividade dos produtos agrícolas brasileiros no mercado internacional. No caso do milho, a demanda externa se intensificou, elevando as expectativas de exportação para 2023/2024. Esse cenário de maior fluxo de vendas externas favorece os produtores nacionais, que encontram melhores preços no mercado internacional. Contudo, o aumento das exportações pode levar a uma menor oferta interna, o que pode impactar os preços domésticos.
As exportações de arroz também estão sob o efeito da variação cambial. A Conab estima que o Brasil exporte 1,3 milhão de toneladas de arroz nesta safra. Em julho, o volume embarcado foi de 175 mil toneladas, uma alta significativa em relação a junho, quando as exportações somaram 62 mil toneladas. Porém, a menor disponibilidade interna do grão pode limitar o volume de exportações até o fim do ciclo 2024/2025, pressionando os preços internos e levando a uma maior cautela por parte dos exportadores.
Esses movimentos no mercado evidenciam a importância das condições cambiais nas exportações agrícolas do Brasil, influenciando tanto o volume exportado quanto os preços praticados no mercado interno. A expectativa é de que, com a continuidade da desvalorização do real, as exportações de milho e arroz se mantenham aquecidas, mas com possíveis impactos sobre a disponibilidade e os preços dos produtos para o consumidor brasileiro.
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