segunda-feira, 17 de junho de 2024

Importação de arroz para revenda a preço subsidiado é tema de audiência pública na Comissão de Agricultura da Câmara

 

                                          Foto: Tião Madeiros (PP)


A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Capadr) da Câmara dos Deputados realiza nesta terça-feira, dia 18 de junho, às 10h15, uma audiência pública para debater os impactos sobre o agronegócio da iniciativa do Governo Federal de comprar um milhão de toneladas de arroz importado, sob o argumento de evitar a escassez do grão no país, por conta das enchentes no Rio Grande do Sul, e garantir o abastecimento interno regular.


A audiência pública foi proposta pelos deputados federais Tião Medeiros (Progressistas-PR) e Coronel Meira (PL-CE).


O setor arrozeiro critica a medida, pois a safra local, apesar das perdas com a crise climática, seria suficiente para atender à demanda interna. A importação de arroz subsidiado pelo Governo Federal desestimula a produção local e prejudica as próximas safras.


“Importar arroz é uma medida política equivocada, que prejudica não só o setor arrozeiro do país, mas o agronegócio como um todo. Nesta audiência, queremos avaliar os impactos da medida provisória que está em vigor”, explica Tião Medeiros.


Estarão presentes representantes da Associação das Empresas Cerealistas do Brasil (Acebra); da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul); da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab); e do ex-secretário de política agrícola do Ministério da Agricultura (Mapa) Neri Geller.


Por meio de medidas provisórias, o Governo Federal destinou R$ 7 bilhões para importar arroz. No dia 6 de junho, a Conab realizou um leilão para a compra de 263 mil toneladas. O certame foi cancelado no dia 11, após a divulgação na mídia de falhas técnicas e da suspeita de favorecimento.


A Conab falhou ao não analisar previamente a capacidade técnica e financeira dos participantes do leilão. Os arrematadores dos lotes eram empresas pequenas, sem experiência e nem fôlego financeiro para cumprir os termos do contrato.


Em seguida, foi descoberto que o sócio da corretora que intermediou o leilão é advogado do então secretário de política agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller, responsável pelo certame. Ele pediu demissão do cargo. Neri Geller confirmou presença na audiência pública.


“Diante da sucessão de erros, é importante que o Governo Federal reavalie a sua estratégia e dialogue com o setor produtivo. A Comissão de Agricultura entra neste debate para trazer soluções que possam beneficiar a todos”, destaca Tião Medeiros.


*Com informações da assessoria do deputado Tião Medeiros(PP)

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