Partido deve liberar a base para apoiar o candidato de sua preferência, opção também abre chance de contar com Tereza Cristina no 2º turno
EDUARDO MIRANDA
O MDB não deve lançar candidato ao Senado nestas eleições, apurou o Correio do Estado.
Apesar de hipótese ainda ser mantida em aberto pelo partido, a sigla deve confirmar, na convenção agendada para o próximo dia 5 de agosto, decisão semelhante a já tomada na candidatura à presidência da República: de liberar o filiado ou candidato do partido à eleição proporcional, a apoiar o candidato que preferir ao Senado.
O objetivo da cúpula do MDB de Mato Grosso do Sul é apostar todas as fichas - e quase todos os seus recursos financeiros - na campanha de André Puccinelli a governador.
Neste período de pré-campanha, Puccinelli aparece bem nas pesquisas, sendo que no primeiro levantamento Ipems/Correio do Estado, estava em primeiro lugar.
As decisões do MDB tem sido todas no sentido de garantir o maior volume de recursos possível do Fundo Eleitoral para a campanha de Puccinelli ao governo.
Na semana passada, o Correio do Estado adiantou, em primeira mão, que o ex-governador dará preferência a uma mulher na posição de vice-governadora em sua chapa.
Na semana passada, em entrevista ao Correio do Estado, Puccinelli confirmou a intenção, e lembrou que ele lançou nomes de gestoras que ele se orgulha muito, como a ex-ministra da Agricultura (e sua ex-secretária de Produção), Tereza Cristina, a ex-secretária de Saúde, Beatriz Dobashi, e a ex-secretária de Assistência Social, Tânia Garib. Todas premiadas nacionalmente durante a administração.
“A mulher tem de nós o maior carinho para que possa ser partícipe em chegando ao governo do Estado da nossa administração”,
André Puccinelli, ex-governador de Mato Grosso do Sul e pré-candidato para retornar ao cargo, sobre ter uma vice em sua chapa. Decisão também ajuda chapa a ter mais recursos financeiros durante a campanha eleitoral.
Mas não se trata somente do papel de destaque que as mulheres sempre tiveram nas gestões de Puccinelli nas gestões dele na prefeitura de Campo Grande e no governo de Mato Grosso do Sul, também se trata de mais recursos para a campanha. Com uma mulher de vice, o MDB poderá liberar até 30% mais recursos do Fundo Eleitoral.
“Nosso presidente [Baleia Rossi] disse: ‘olha, se vocês puserem uma mulher, eu tenho condições de ajudá-los mais’. Não temos chapa formada, poderá ser mulher ou homem, mas a preferência é de que seja uma mulher como vice”, admitiu André.
A decisão de não lançar candidato ao Senado do MDB também abre a possibilidade de contar com Tereza Cristina, ex-secretária de Puccinelli, mas que formalmente está na campanha de Eduardo Riedel (PSDB), de estar com o ex-governador em um eventual segundo turno.
Mesma lógica
A lógica para o MDB não ter candidato ao Senado é semelhante.
Se o partido não lançar candidato para substituir a vaga que atualmente é ocupada pelo partido com Simone Tebet (que é pré-candidata à presidência da República), sobrará mais dinheiro para a campanha de Puccinelli e também para financiar as campanhas dos deputados estaduais e federais do partido, que deve compor uma chapa com o Solidariedade.
A única hipótese de o MDB de Mato Grosso do Sul lançar alguém para o Senado é se Simone Tebet não conseguir viabilizar sua pré-candidatura à presidência.
Neste caso, a vaga para ela tentar a reeleição estaria garantida.
Presidência da República
Para a presidência da República, o MDB apoiará formalmente a candidatura de Simone Tebet.
Os filiados e candidatos, porém, têm a liberdade garantida pelo próprio diretório, de apoiar o candidato à presidência de sua preferência, seja ele a própria Simone, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ou Jair Bolsonaro (PL).
As pesquisas mostram que Puccinelli tem votos entre eleitores destes três candidatos.
Com informação do Portal Correio do Estado
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