quinta-feira, 28 de julho de 2022

Campanha de Lula está a procura de mais um palanque em Mato Grosso do Sul

 

                                             Foto: Divulgação



Ex-presidente quer reforçar alianças em regiões onde Bolsonaro mostra mais força; MDB e PSD foram procurados pelo PT

EDUARDO MIRANDA




A campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está a procura de mais um palanque em Mato Grosso do Sul. O Partido dos Trabalhadores, por enquanto, conta apenas com a chapa (quase) pura do partido, que tem advogada Gisele Marques como pré-candidata ao governo.  


O Correio do Estado apurou que o comando da campanha de Lula já fez contatos com representantes da pré-campanha de Marquinhos Trad (PSD) e de André Puccinelli (MDB). No PT, o diagnóstico é de que um contingente significativo dos eleitores destes dois pré-candidatos ao governo do Estado tendem a votar ou votam em Lula nas eleições de outubro próximo.  


O contato do alto comando da campanha de Lula foi confirmado por dirigentes do alto escalão do MDB e do PSD de Mato Grosso do Sul. No MDB, as possibilidades de Puccinelli declarar apoio a qualquer candidato a presidente, porém, são nulas. O ex-governador do Estado tenta passar longe das polêmicas envolvendo a polarização da disputa presidencial e, para completar, seu partido tem candidata a presidente: a senadora (e conterrânea) Simone Tebet.  


Com Marquinhos Trad as negociações da campanha de Lula estavam mais avançadas. Elas esfriaram nas últimas duas semanas, por causa de uma crise envolvendo suspeitas de estupro e assédio sexual sob investigação na Polícia Civil, denúncias que o ex-prefeito já classificou como “armação política”.  


Na direção da campanha petista não foram vislumbradas grandes possibilidades em outros dois pré-candidatos: Rose Modesto está no União Brasil, que ao lado de Mandetta, tem se posicionado mais à centro-direita.


PSB e Riedel

No caso de Eduardo Riedel (PSDB), a campanha de Lula poderá ter poucos apoios, porém, indiretos. É que o PSB, partido do candidato a vice de Lula, Geraldo Alckmin, definiu na semana passada em convenção que irá coligar-se com o PSDB de Eduardo Riedel.  


O candidato tucano, porém, já está mais do que fechado com o arquirrival de Lula na campanha eleitoral, o presidente Jair Bolsonaro (PL), que disputará a reeleição. Riedel, inclusive, participou da convenção do PL que lançou Bolsonaro à reeleição, no último fim de semana, juntamente com o presidente do PL, Rodolfo Nogueira, o deputado federal Loester Trutis (PL), a ex-ministra da Agricultura, deputada federal e pré-candidata ao Senado, Tereza Cristina (PP).


O espaço para a chapa Lula-Alckmin ficará restrito aos candidatos do PSB na coligação, que dirão que estarão com Lula e com Riedel nestas eleições. 


 

Centro-Oeste

A intenção de Lula é ganhar um pouco mais de espaço no Centro-Oeste, região em que ele tem o pior desempenho no embate com Jair Bolsonaro.  


Pesquisa Datafolha de junho mostra Bolsonaro com 40% das intenções de votos no Centro-Oeste, contra 28% da média nacional. A situação de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás está no centro das dicussões do PT nesta semana. Os partidos têm até o dia 5 de agosto para realizar convenções para homologar suas candidaturas.


Em Mato Grosso os petistas conseguiram fechar um acordo com o PP, partido da base de apoio de Bolsonaro. O candidato ao Senado será o deputado federal Neri Geller (PP), da bancada ruralista. Para o governador, uma das opções é o senador Carlos Fávaro (PSD), também ligado ao agronegócio. Ele, porém, resiste a concorrer. A direção petista local tem defendido a candidatura de Maria Lúcia (PCdoB).


Em Goiás, há esperança de uma aliança em torno do candidato do PSDB, Marconi Perillo. O entorno do deputado federal Rubens Otoni (PT), que é influente no diretório estadual, tem reafirmado, porém, a candidatura própria de professor Wolmir Amado.


Com informação do Portal Correio do Estado

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