Valério Azambuja defende que Capital tem "problema da cidade grande", com tráfico e assaltos a banco
LEO RIBEIRO, VALESCA CONSOLARO
Guardas Municipais trarão, pelo menos, 14 fuzis para as operações de rua em Campo Grande, segundo o secretário municipal de Segurança e Defesa Social (SESDES), Valério Azambuja.
Durante inauguração do Núcleo Operacional Região Bandeira da Guarda Civil Metropolitana, Valério justificou que os fuzis 556 são "legalmente autorizados" os guardas municipais trabalharem.
"Os guardas podem trabalhar com eles, desde que, estejam treinados, capacitados e autorizados. Nós estamos adquirindo, até novembro agora, 10 unidades para o Grupo de Pronta Intervenção. É o GPI, que já passou por treinamento tanto em Campo Grande, como no interior de São Paulo e até no Rio de Janeiro", revelou ele.
Além disso, os planos da Secretaria Municipal de Segurança e Defesa Social, são que todas as regiões somem mais de 14 fuzis a partir de 2023.
"A partir do ano que vem, pretendemos nas 7 regiões, pelo menos 2 fuzis com o pessoal operacional que estão nas ruas. No entanto, nós vamos começar com esse pequeno grupo, e depois eles serão os que vão fazer o treinamento e capacitação [dos demais], serão os multiplicadores", disse Valério Azambuja.
Em justificativa da adoção do forte armamento, o secretário municipal de Segurança defende que Campo Grande tem "problema da cidade grande".
"Nós estamos com mais de 1 milhão de habitantes. Estamos com aquele problema da cidade grande, nós temos aqui assaltante de bancos que são aqueles bandidos mais perigosos. Também, principalmente à noite, a questão do tráfico, porque aqui é passagem", comenta.
Como mostrou o Correio do Estado, a resolução normativa da Sesdes, publicada no Diário Oficial do Município de 21 de julho, prevê "aparelhamento logístico adequado para o cumprimento de missões, que envolvam maior grau de complexidade e risco no emprego de pessoal, sendo necessária a renovação do acervo de armas de porte e portátil, utilizadas pela Guarda Civil Municipal"
Ainda, Valério Azambuja insiste que, ao se deparar com esses casos "mais perigosos" a Guarda Municipal precisaria "estar preparada" para defender a própria vida em um possível confronto.
"O bandido, olhando lá a farda, ele não quer saber se é militar, civil ou federal, ele vai atirar. Então, esse equipamento, primeiro para a proteção dele, segundo, para a da população" afirma.
Por fim, ele defende que antes de todo o processo ser iniciado, ainda em novembro os guardas serão capacitados pela esfera policial federal.
"Nós vamos treinar novamente esse grupo. Assim que chegar o equipamento, Polícia Federal e Rodoviária Federal, estão programando para novembro 15 dias de instruções só para o uso desse novo equipamento", finaliza ele.
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