terça-feira, 12 de julho de 2022

Anestesista é preso por estupro de gestante que passava por cesárea

 G 1


Um médico anestesista foi preso e autuado em flagrante, na madrugada desta segunda-feira, dia 11 de julho, por estupro. Segundo investigadores, Giovanni Quintella Bezerra, 32 anos, abusou de uma paciente enquanto ela estava dopada e fazia uma cesariana no Hospital da Mulher Heloneida Studart em Vilar dos Teles, São João de Meriti, município na Baixada Fluminense.


Funcionários do hospital filmaram o anestesista colocando o pênis na boca de uma paciente quando Giovanni Bezerra participava do parto dela. O médico demonstrou surpresa ao receber voz de prisão e ao tomar conhecimento de que tinha sido gravado abusando da paciente (veja vídeo mais abaixo).


O anestesista foi indiciado por estupro de vulnerável, cuja pena varia de 8 a 15 anos de reclusão. A polícia tenta descobrir outras possíveis vítimas do anestesista.


O Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) abriu um processo para investigar o caso e tomar medidas administrativas. Já a direção do hospital informou que abriu uma sindicância interna e notificou o Cremerj.



Equipe desconfiou e filmou


A equipe vinha desconfiando do comportamento do anestesista e estranhava, por exemplo, a quantidade de sedativo aplicado nas grávidas. Funcionárias do hospital trocaram a sala de parto para conseguir filmar o flagrante.


No domingo (10), o médico já tinha participado de outras duas cirurgias em salas onde a gravação escondida era inviável. Na terceira operação do dia, a equipe conseguiu, de última hora, trocar a sala, esconder o telefone e confirmar o flagrante.


O médico que participou da cesariana, no momento em que o crime foi cometido, será chamado para prestar depoimento, de acordo com a Polícia Civil.


A defesa do anestesista disse que aguarda acesso à íntegra dos depoimentos para se manifestar (veja a nota completa mais abaixo).


Cremerj abre processo para expulsão


O Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) abriu nesta segunda-feira (11) um processo para expulsar o anestesista.



Clovis Bersot Munhoz, presidente do Cremerj, disse que “as cenas são absurdas”.


A Fundação Saúde do Estado do Rio de Janeiro e a Secretaria de Estado de Saúde, a que o Hospital da Mulher de Vilar dos Teles, em São João de Meriti, está subordinado, repudiaram em nota a conduta do médico anestesista.


“Informamos que será aberta uma sindicância interna para tomar as medidas administrativas, além de notificação ao Cremerj. A equipe do Hospital da Mulher está prestando todo apoio à vítima e à sua família”, afirmaram.



“Esse comportamento, além de merecer nosso repúdio, constitui-se em crime, que deve ser punido de acordo com a legislação em vigor”, emendaram.


O que diz defesa de Giovanni Quintella


"A defesa alega que ainda não obteve acesso na íntegra aos depoimentos e elementos de provas que foram produzidos durante a lavratura do auto de prisão em flagrante. A defesa informa também que após ter acesso a sua integralidade, se manifestará sobre a acusação realizada em desfavor do anestesista Giovanni Quintella".

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