A multinacional Rotam CropScience, que tem sede em Hong Kong e polo de fabricação na China, conseguiu captar quase R$ 60 milhões com o Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC). A empresa que atua no setor de proteção de cultivos teve nessa a sua terceira operação no mercado de capitais.
“Em 2019 e 2020 por meio do Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA), foram captados R$ 19 milhões e R$ 32 milhões respectivamente, somando assim próximo a R$ 51 milhões. A operação foi co-estruturada e realizada pela VERT, sediada na capital paulista, em parceria com a XP Investimentos, que atuou como coordenadora líder e co-estruturadora do fundo”, indicou a empresa, por meio de sua assessoria de imprensa.
De acordo com Andreza Percechitto, gerente de finanças e contabilidade da Rotam, com base na experiência das duas primeiras captações via CRA, a empresa resolveu nesta terceira operação apostar no FIDC. A estratégia teve como objetivo facilitar e desburocratizar a gestão por parte dos clientes que em sua maioria são revendas.
Ela explica que uma característica importante deste novo modelo é que diferentemente dos CRAs, o FIDC por não ser uma ferramenta específica para o agro, não é necessário que a revenda tenha que comprovar veiculação com o produtor. “Parece óbvio, mas é o que a legislação pede com o CRA. Já o FIDC é menos burocrático nesse sentido e também é uma ferramenta nova para a gente testar e ver como que é. Embora sejam operações parecidas, os investidores alvos do fundo são diferentes. Geralmente não são pessoas físicas, são fundos de investimentos que entram nessa operação”, detalha.
“O segundo ponto é que pensando lá na ponta, no RTV que está no dia a dia com o cliente, como precisa fazer a revolvência durante o prazo da operação, a partir do momento que o cliente paga o fundo, temos o prazo para apresentar novas contas dele. Assim, acaba direcionando o time de vendas para clientes chaves, e consegue-se organizar melhor estreitando o relacionamento com os mesmos”, destaca a gerente.
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