sábado, 15 de maio de 2021

Inflação recua para todas as faixas de renda

 



As famílias mais pobres tiveram um alívio, por outro lado.
Por:  -Leonardo Gottems

O indicador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) de Inflação por Faixa de Renda registrou uma desaceleração para todas as faixas de renda, interrompendo a tendência de crescimento sentida em dois meses consecutivos. As informações foram divulgadas pelo próprio instituto, por meio de sua assessoria de imprensa. 



“As taxas de inflação das famílias de renda média alta e alta, que possuem renda domiciliar entre R$ 8.254,83 e 16.509,66 e acima desse valor, passaram de 1,08% e 1,0% em março para 0,20% e 0,23%, respectivamente, em abril. Já as famílias de renda muito baixa, com renda domiciliar inferior a R$ 1.650,50, tiveram um menor alívio inflacionário, com uma variação dos preços passando de 0,71% para 0,45%”, comenta. 


Diferente do ocorrido em janeiro e março, o segmento com a maior contribuição inflacionária deixou de ser o de Transportes e passou a ser o grupo de Saúde e Cuidados Pessoais. “Esse impacto veio pelos 2,7% de aumento dos preços dos produtos farmacêuticos. Para as famílias de renda mais baixa, além do preço dos remédios, o grupo alimentos e bebidas foi o segundo com maior foco inflacionário para essa classe, principalmente por conta do aumento do preço das carnes (1,0%), das aves e ovos (1,5%) e dos leites e derivados (1,5%)”, indica. 


As famílias mais pobres tiveram um alívio, por outro lado, nas quedas das tarifas de energia elétrica (-0,04%) e dos ônibus intermunicipais (-0,11%), e com a redução do preço do botijão de gás (de 5,0% em março para 1,1% em abril). Além de terem menor impacto com o aumento dos medicamentos e alimentos, as famílias mais ricas contaram com a deflação de 0,9% dos combustíveis e de 11,3% dos transportes por aplicativo e também com a desaceleração dos preços dos serviços pessoais”, conclui. 

Nenhum comentário: