Um trabalho liderado por Jorge Hilbert, com a colaboração de Jonatan Manosalva e Karen Ponieman, calculou a pegada ambiental da produção de etanol, burlanda, dióxido de carbono e óleo de milho. Os resultados foram apresentados durante o Congresso Maizar. Os estudos cobriram as últimas 5 campanhas de milho em três das principais empresas produtoras de etanol da Argentina: Bio4, ACABio e Promaíz, todas sediadas na província de Córdoba.
Ao todo, foram avaliadas a produção de 3,5 milhões de toneladas de milho, 1,4 milhão de litros de bioetanol, 2 milhões de toneladas de burlanda úmido e seco, 21 mil toneladas de óleo e 400 mil toneladas de dióxido de carbono. Todos os estudos utilizaram metodologias e normas internacionais, em linha com os requisitos do IPCC e da União Europeia, e auditados por terceiros independentes.
“Trabalhamos na Análise do Ciclo de Vida dos produtos, que é um procedimento objetivo de avaliação das correspondentes cargas energéticas e ambientais. Incluem emissões durante a produção da safra, transporte de grãos e subprodutos e emissões associadas à produção industrial”, dizem os responsáveis.
Conforme Hilbert descreveu, os regulamentos internacionais estabelecem que as emissões totais devem ser atribuídas a todos os produtos e não cobrar apenas um produto com todas as emissões geradas nos processos envolvidos. Existem três critérios para isso. Distribuir as emissões sobre a massa resultante de cada uma delas; distribuir as emissões proporcionalmente de acordo com o conteúdo energético de cada produto (Hilbert esclareceu que esse é o critério adotado pela regulamentação europeia para a produção de biocombustíveis e, neste caso, o dióxido de carbono não retira nada porque não tem poder energético) e o por último, com base no valor econômico de cada um deles.
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