Varejos de roupas, calçados, cosméticos e postos de gasolina são alguns dos segmentos que participar da ação
Gabrielle Tavares
Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas (FCDL) de Mato Grosso do Sul vai promover a 15º edição do Dia Livre de Impostos (DLI) no dia 27 de maio. As empresas que vão aderir ao projeto querem chamar a atenção dos consumidores para as taxas tributárias sobre os produtos.
O DLI é realizado em todos os estados brasileiros. Em Mato Grosso do Sul, a FCDL ainda está cadastrando como empresas envolvidas em participar. De acordo com o presidente da Federação no Estado, Inês Conceição Santiago a ação vai abranger vários segmentos.
A campanha vai começar em escolas de educação básica, onde os representantes da entidade vão oferecer lanches para os alunos da 5º série e aplicarão uma atividade para ensinar as crianças o valor que os impostos representam em cada alimento que consumirão.
Em seguida, será iniciado um circuito pelo comércio de Campo Grade. "Vamos passar por conveniências, lojas de produtos naturais, varejjos de calçados, roupas, cosméticos, eletrodoméstico, postos de gasolinas, e vamos finalizar no Shopping Campo Grande", disse Inês.
Ela explica que as taxas são ainda maiores para estudos considerados supérfluos pelo governo federal, como produtos de higiene e perfumaria.
"Se para considerar desde o processo de fabricação, existem batons com 60% do preço do produto sendo só de imposto. O mesmo acontece nas cervejarias".
O aumento dos impostos sobre maquiagens importadas é de 69,53%, de perfumes importados chega a 78,99%. Em produtos brasileiros a carga também é alta, em perfumes nacionais a taxa é de 69,13% e em xampus, 44,20%.
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A representante da FCDL ressalta ser uma ação de conscientização, e não de liquidação.
"É claro que o consumidor vai pagar 50%, até 60% a menos do valor do produto, não deixa de ser uma vantagem, mas é um movimento de conscientização. Fica muito evidenciado o quanto o consumidor poderia comprar mais produtos e serviços, se não existisse essa alta carga tributária ".
"Se a gente tem um tributo mais justo, o pai e mãe de família teria um poder aquisitivo maior e poderia levar mais alimentos para casa", completa.
Inês ainda explica que a alta taxa de impostos prejudica até mesmo o investimento na economia brasileira.
"Ninguém quer investir num país que chega a tributário 60% em alguns artigos, isso gera e uma desconfiança no investidor estrangeiro, que os afasta daqui. A gente espera desse movimento que as autoridades façam uma reforma tributaria mais justa e equilibrada".
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