Apesar da pandemia, concessionária solicitou autorização à prefeitura para diminuir número de veículos
Rafaela Moreira, Ricardo Campos Jr
O Consórcio Guaicurus quer autorização da prefeitura para reduzir a quantidade de ônibus na frota. O pedido foi encaminhado à Agência Municipal de Regulação (Agereg), que por sua vez aguarda parecer da Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran) sobre o impacto da baixa.
Segundo informações apuradas pelo Correio do Estado, deixariam de circular os veículos mais antigos, o que consequentemente aumentaria a idade média da frota, que nos termos do contrato de concessão tem de ser de, no máximo, cinco anos.
Essa cláusula força a empresa a investir na compra de coletivos novos ano após ano, para que possa vender ou descartar as “sucatas”. Se a demanda for autorizada, a empresa fica em dia com as obrigações com o poder público, mas a cidade fica com menos circulares para atender os passageiros.
Chama atenção o fato de o pedido ter sido realizado em um período quando especialistas recomendam ônibus extras nas linhas para evitar aglomeração de passageiros e, consequentemente, maior transmissibilidade da Covid-19.
“Ainda não temos a quantidade exata de ônibus que está rodando acima da idade da frota. Encaminhei um pedido para termos esse levantamento. E eu ainda preciso saber qual será o impacto dessa retirada para depois tomar a decisão”, disse à equipe de reportagem o diretor-presidente da Agereg, Odilon de Oliveira Júnior, que não soube informar a quantidade exata de veículos que o Consórcio Guaicurus deseja retirar da frota.
Segundo ele, é direito da concessionária pedir a revisão contratual para obter equilíbrio econômico, e a tarifa é um dos indicadores que a prefeitura tem na hora de avaliar a prestação de contas da empresa.
“Vamos realizar uma vistoria para rever a legalidade de todos os contratos que envolvem a Agereg, precisamos fazer um raio X de cada contrato para saber os indicadores do que temos”, disse Odilon.
O Correio do Estado entrou em contato com a Agetran para saber qual a redução na quantidade de ônibus em circulação pretendida e também acionou o presidente do Consórcio, João Resende, mas ambos não deram retorno até o fechamento desta edição.
Com informação do Portal Correio do Estado
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