O Poder360 analisou os registros do Sivep-Gripe, banco de dados do SUS (Sistema Único de Saúde), atualizado até a noite de 4ª feira (17.mar.2021). As informações mostram que desde que a população mais velha passou a ser vacinada, o número de internações nessas faixas etárias caiu. Nos últimos 2 meses, houve queda de 11 pontos percentuais no número de pessoas com 60 anos ou mais internadas em São Paulo.
Ao mesmo tempo, os dados mostram que as internações entre os mais jovens subiu. A faixa etária de 30 a 59 anos é a que apresenta maior alta: 10,7 pontos percentuais.
Esses números se referem a quantidade de pessoas internadas a cada mês. Ou seja, é diferente da taxa de ocupação dos leitos de UTI, que se referem ao número de vagas ocupadas no sistema de saúde.
A tendência dos mais jovens sendo cada vez mais hospitalizados por causa da covid-19 não é exclusiva de São Paulo. Em todo o Brasil, as pessoas com menos de 60 anos já representam 48,8% do total de internações no mês de março. Também é um recorde para a faixa etária desde o início da pandemia.
Em outros 8 Estados, as pessoas de 0 a 59 anos são a maioria dos internados. São eles: Amapá, Mato Grosso, Tocantins, Sergipe, Santa Catarina, Rondônia, Amazonas e Paraná. O Amapá é o que apresenta a pior situação para as pessoas que têm menos de 60 anos. Elas são 75% dos internados por covid-19 em março.
O Acre é o único Estado que não disponibilizou o número de internações para o mês de março.
Só foram considerados os casos com informações completas sobre faixa etária, mês de internação e local.
São Paulo está na fase emergencial do plano de resposta à pandemia desde 15 de março. O governador João Doria decretou o aumento das restrições após o aumento de casos e de internações nas cidades paulistas. Até 4ª feira (17.mar), 90,6% das UTIs do Estado estavam ocupadas. O número total de internados no Estado era de 25.880 pessoas, sendo 11.109 em leitos de UTI.
Na capital paulista, a 1ª morte por falta de vaga em UTI aconteceu nesta 5ª feira (18.mar). No anúncio, o prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB) afirmou que a cidade se aproxima do colapso do sistema de saúde. Com isso, a prefeitura antecipou 5 feriados municipais a partir de 26 de março e a cidade mais populosa do país ficará parada por 10 dias.
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