G1
No primeiro ato público como ministro da Defesa, o general Braga Netto, publicou uma ordem do dia alusiva ao aniversário de 57 anos do golpe militar de 1964, que ele chama de movimento de 31 de março de 1964.
No texto, Braga Netto descreve o contexto da época. Diz que o século 20 foi marcado pelas guerras mundiais e pela expansão de ideologias totalitárias e que a Guerra Fria envolveu a América Latina, "trazendo ao Brasil um cenário de inseguranças, com instabilidade política, social e econômica". Segundo ele, havia ameaça real à paz e à democracia.
Braga Netto segue afirmando que os brasileiros se movimentaram nas ruas, com amplo apoio da imprensa, de lideranças políticas, das igrejas e de empresários.
Nas palavras dele, coube às Forças Armadas a responsabilidade de pacificar o país, enfrentando desgastes para reorganizá-lo e garantir as liberdades democráticas de hoje.
Braga Netto não faz referência aos 21 anos em que os militares se mantiveram no poder após o golpe nem a atos duros do regime como o AI-5, à censura à imprensa e à perseguição a politicos.
O novo ministro destacou que as Forças Armadas "acompanham as mudanças dos últimos anos, conscientes de sua missão constitucional de defender a pátria, garantir os poderes constitucionais, e seguros de que a harmonia e o equilíbrio entre esses poderes preservarão a paz e a estabilidade em nosso país".
Braga Netto conclui dizendo que o movimento de 1964 é "parte da trajetória histórica do Brasil" e que "assim devem ser compreendidos e celebrados os acontecimentos daquele 31 de março".
Este é o terceiro ano consecutivo em que há ordem do dia alusiva ao golpe de 64 com textos semelhantes.
No ano passado, assinado pelo então ministro Fernando Azevedo e Silva, o texto afirmava que o movimento de 64 é um "marco para a democracia brasileira".
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