quarta-feira, 24 de março de 2021

Câmara aprova projeto do deputado Dagoberto Nogueira teste do pezinho

 



A Câmara dos Deputados aprovou proposta para ampliar o número de doenças rastreadas pelo teste do pezinho, realizado em recém-nascidos. O Projeto de Lei 5043 é de autoria do deputado federal Dagoberto Nogueira (PDT). Agora, a proposta segue para o Senado.



“Pode parecer que haverá um grande aumento de custo no teste, mas ao apresentarmos o projeto constatamos que, além de ser direito dos recém-nascidos brasileiros, o SUS economizará e muito com prevenção no tratamento das possíveis doenças detectadas, pois muitas não possuem sintomas no início da vida”, afirma Dagoberto.



Atualmente, o SUS (Sistema Único de Saúde) realiza teste que engloba seis doenças: fenilcetonúria (provoca comprometimento do desenvolvimento neuronal), hipotireoidismo congênito (alteração na tireoide que pode interferir no desenvolvimento), anemia falciforme (alteração nas células vermelhas do sangue), hiperplasia adrenal congênita (provoca deficiência hormonal), fibrose cística (produção excessiva de muco) e deficiência de biotinidase (incapacidade de o organismo reciclar a vitamina B7).


Já na rede particular, o exame custa R$ 450 e rastreia 54 doenças. O teste do pezinho é realizado a partir de amostra de sangue coletada no calcanhar do recém-nascido.


Conforme a Agência Câmara, o exame ampliado no SUS passa a englobar 14 grupos de doenças de forma escalonada, em prazo a ser fixado pelo Ministério da Saúde. A ampliação será em cinco fases.


Na primeira etapa, está prevista a continuidade de detecção das atuais doenças, ampliando para o teste de outras relacionadas ao excesso de fenilalanina e de patologias relacionadas à hemoglobina, além de incluir os diagnósticos para toxoplasmose congênita.


Na segunda etapa, serão acrescentadas as testagens para galactosemias, aminoacidopatias, distúrbios do ciclo da uréia e distúrbios da beta oxidação dos ácidos graxos (deficiência para transformar certos tipos de gorduras em energia).


Para a etapa 3, ficam as doenças lisossômicas (afeta o funcionamento celular); na etapa 4, as imunodeficiências primárias (problemas genéticos no sistema imunológico); e na etapa 5 será testada a atrofia muscular espinhal (degeneração e perda de neurônios da medula da espinha e do tronco cerebral, resultando em fraqueza muscular progressiva e atrofia).

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