terça-feira, 8 de outubro de 2019

Viúva de espião israelense se diz "magoada" com série da Netflix, mas agradece publicidade

Reuters

Uma minissérie dramática da Netflix sobre o espião israelense Eli Cohen, que se infiltrou no governo sírio nos anos 1960 e mais tarde foi executado, deixou sua viúva dividida.

Nadia Cohen, de 84 anos, disse que ficou magoada com partes de “O Espião” porque elas não têm relação com a verdade, mas que espera que a dramatização possa ajudar na recuperação dos restos mortais de seu falecido marido da Síria.

“O Espião” retrata Cohen —que nascera no Egito e é interpretado por Sacha Baron Cohen— como um ambicioso imigrante que falava árabe que vai para Israel e é recrutado pelo Mossad. Superando seus temores e o fardo imposto à família, ele ganha acesso ao alto comando de Damasco se fazendo passar por um descendente rico da diáspora síria.

Cohen foi exposto e executado pelas autoridades sírias em 1965. Israel credita a ele informações que ajudaram a derrotar a Síria em uma guerra de 1967.

Nadia Cohen disse que as liberdades tomadas em algumas partes do roteiro “fizeram minha pressão subir”.

Ela citou uma trama secundária que a mostra tendo dificuldade em trabalhar como costureira para uma socialite israelense enquanto cria os filhos sozinha e outra em que um intermediário do Mossad desenvolve um interesse romântico por ela enquanto seu marido está infiltrado.

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